Ari Vequi diz que município não tem condições financeiras para incorporar reajuste do piso dos professores na carreira

Na manhã desta quinta-feira (26), professores e Sindicato dos Servidores Públicos de Brusque de região (Sinseb) fizeram uma manifestação na praça em frente a prefeitura com o objetivo de reivindicar o reajuste do salário dos professores, cerca de 14,95% anunciado pelo Governo Federal seja incorporado não apenas ao piso da categoria, mas sim na carreira do professor.

O prefeito Ari Vequi foi questionado pelo Olhar do Vale sobre a reivindicação dos professores e adiantou que pelo menos a inflação será reposta nos vencimentos:

“Todos tem o direito de manifestação, sendo pacífica, como vimos hoje de manhã. Nós já temos a comissão pronta que vem discutindo com o Sindicato durante seis anos, digo seis anos pois participei do governo do Dr. Jonas ativamente, tudo isso foi discutido no momento da composição do salário. Nós temos dado nesse período no mínimo a inflação e um pouquinho a mais, diferente do Governo Federal que não tem dado aumento a algum tempo, o governo do Estado tem dado alguma parte individual para categorias. Nós temos mantido desde o primeiro dia do governo do Dr. Jonas, exceto em 2021 que foi definido pelo Governo Federal que os municípios estavam proibidos de dar aumento. No passado pagamos 2% do valor que ficou daquele ano e vamos pagar esse ano o restante. Ainda não abriu a discussão, mas vou adiantar que pelo menos a inflação nós vamos dar esse ano e mais o atrasado que ficou do ano de pandemia. O nosso servidor ganha bem? ganha. Não talvez o salário que todo mundo gostaria de ter, todo mundo gostaria de ganhar mais. Mas o nosso servidor, além de ser comprometido, trabalhador, principalmente quando estamos falando de uma área especifica que é a educação. Nós temos uma melhora na educação vista a olho nu, mesmo aqueles que querem achar defeito no nosso governo, nós ficamos em 3º no estado no premio Band cidades inovadoras, é reconhecido o trabalho da educação de Brusque” enfatiza.

Quanto a possibilidade de greve apontada pela categoria em pronunciamento da presidente do Sinseb, Tania Vieira Pompermayer, o mandatário da cidade afirma que não há motivos para paralisação e afirma que não há como a prefeitura fazer a incorporação dos vencimentos como almeja o sindicato:

“Eu gosto muito da nossa rede, hoje nossa rede é empolgada, pra frente, desde as primeiras reuniões que fizemos, do início do ano ao final eles estão empolgados para trabalhar. Eu não vejo motivo nenhum motivo para ter greve, nós vamos continuar discutindo isso com a federação nacional porque já disseram 1000 vezes que o Governo Federal tinha que parar te interferir no município, e vem e define a tabela do município. Na verdade o Governo Federal definiu o piso mínimo, é isso que estamos falando. O que algumas pessoas querem, que é direito delas pedir é a incorporação total. Vamos dizer, você pegar uma professora que está a dez anos de carreira e colocar 15% vai dar um valor expressivo, se você pegar um professor que ganha 4 mil e colocar 15% vai dar outro valor, se colocar no piso vai dar R$ 4.200, então o piso nós vamos cumprir, seja com pagamento retroativo, de que forma será, nós vamos discutir. Agora incorporar isso na folha, neste momento não vejo possibilidade, pela questão financeira nossa, nós estamos entrando em um ano de crise, com certeza vamos ter um ano de dificuldade financeira, nosso orçamento ano passado bateu, o que foi feito foi pago, mas não temos superávit para chegar dar e também tem as demais carreiras, nós temos 4500 funcionários e temos uma única carreira que vai receber o atrasado de 4% mais a inflação que deve chegar entre 9 e 10%. Para o 15% faltaria ainda 5%, mas para o piso do professor será pago, a forma que vão pagar quem vai decidir é o pessoal dos recursos humanos mas nós não vamos deixar ninguém receber menos que o piso, vamos pagar o piso, agora incorporar na carreira, nós não temos condições financeiras”, finaliza.

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