O governador de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL), se manifestou em suas redes sociais pela primeira vez sobre a greve dos professores estaduais.
A maior queixa da categoria é que professores que estão em início de carreira e professoras que estão já no fim da carreira, recebem a mesma remuneração. O governador anunciou que a descompactação da folha de pagamento é inviável, já que custaria em torno de R$4,6 bilhões para o governo e ultrapassaria e muito os limites da Lei de Responsabilidade Fiscal. “Praticamente quebraria o estado”, anunciou Jorginho.
“Em 2023, tivemos vários avanços por iniciativa do Governo. Mas fazer tudo o que os sindicalistas pedem é impossível”, declarou Jorginho, afirmando que o governo de Santa Catarina possui o maior salário da região Sul, já aumentou mais de 100% o vale alimentação, revisou o desconto de 14% no benefício dos profissionais que também são aposentados. E que até o final de junho, irão realizar o maior concurso da história do estado, contratando 10 mil novos profissionais para trabalhar na educação, e viabilizar que todos os professores tenham um horário remunerado fora da sala de aula para planejar conteúdos e provas.
O governo de SC também determinou à Secretaria de Educação que desconte as faltas dos professores que estão em greve na folha de pagamento e que imediatamente contrate professores temporários para manterem as salas de aula funcionando. “Aos quase 90% de professores que não aderiram à greve, o meu muito obrigado por continuarem firmes na nobre missão de educar nossas crianças e jovens”, finalizou o governador.
O SINTE, Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Santa Catarina, imediatamente respondeu em suas através de nota o pronunciamento do governador.
O economista do SINTE, Maurício Mulinari, afirma que o governo desinforma a população quando diz que Santa Catarina possui o maior salário da região Sul. “O salário de entrada hoje, de um professor com licenciatura, é de 5 mil reais (em Santa Catarina), enquanto no Rio Grande do Sul esse salário é de 5.567 reais e no Paraná de 5.646 reais” Maurício ainda finalizou dizendo, ”Reafirmamos que Santa Catarina hoje tem a pior carreira do Brasil”. Segundo Maurício a informação de que o vale alimentação aumentou em 100% também não é verdadeira, pois o vale que era de 12 reais no ano passado, passou a ser de 18 reais esse ano, totalizando um aumento de 50%, não 100%.
“No dia 30, é a resposta que o governo precisa, todos em Florianópolis e vamos fortalecer o nosso movimento”, finalizou Evandro Accadrolli, coordenador do SINTE, convidado todos da categoria para uma manifestação no dia 30 de abril a fim de lutar pelo magistério catarinense.
Colaborou Mariana Beuting
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