Muito se fala sobre Educação, muito se critica a Educação, muitos fazem sugestões sobre a Educação, enfim, somos todos entendidos em Educação e, o que fica evidente é que cada vez mais, estamos despreparados para o mundo que está sendo construído de fora para dentro do Brasil. Afinal, como perguntar não ofende, em que somos mesmo inovadores enquanto país?
Quando buscamos comparar a evolução dos países e colocamos lado a lado, Brasil e Coreia do Sulé possível entender a importância da Educação. Vamos remontar à década de 60. Brasil e Coreia, países agrários, pobres, com baixa renda per capita. A Coreia saindo de uma guerra em que sofreu uma divisão territorial e, praticamente, foi destroçada; renda per capita em torno de U$250; sua população estava quase toda na área rural. Brasil em condições praticamente idêntica. A renda per capita era um pouco melhor, em torno de U$1.200.
Quando trazemos isto para os dias atuais encontramos a seguinte situação. Brasil continua fortemente apoiado em seu agronegócio (e, é muito saudável seu sucesso), com renda per capita, por volta de U$11.000. A presença industrial, na pauta de exportações é tímida e,decrescente. Parece que ainda vamos demorar a perceber a importância da inteligência na geração de negócios.
Quando olhamos para a Coreia vemos um país integrado ao comércio mundial, com uma pauta de exportações centrada na área industrial e com fortíssima qualidade. Renda per capita de U$30.000. Qual foi o grande causador da mudança que fez a Coreia transformar-se em um “player” mundial de importância e o Brasil continuou com seu discurso de atraso e sem consequências positivas para seu povo? Sem nenhuma dúvida – A EDUCAÇÃO!
A Coreia do Sul optou por uma Educação de qualidade; desde os anos iniciais até o curso superior e suas extensões. Enviou, mundo afora, pesquisadores atrás de mudanças que fossem significativas e a permitissem adquirir competitividade. Só a Sansung tem milhares de trabalhadores em outros países, aprendendo e pesquisando. 60% da população coreana tem curso superior contra 11% no Brasil; as crianças são expostas a competição desde sua entrada nas escolas; aqui, sequer as reprovamos, porque isto afetaria sua autoestima. Assim criam-se vencedores e derrotados!
O que fazer? Não é aumentando o investimento em Educação para 10% do PIB que resolveremos o problema. Podemos é aumentar a corrupção, já que pesquisas feitas nos indicam que de cada R$10,00 investidos em Educação apenas R$2,00 chegam à sala de aula.
Penso que chegou a hora de investirmos na tecnologia para compensarmos o descompasso educacional. Temos que usar a tecnologia disponível para darmos o salto de qualidade que a Educação precisa e encaminharmos o país para o Século do Desenvolvimento Intelectual. Pense há quantos anos nossas salas de aulas têm o formato e a disposição que têm atualmente, pense no tempo que professores perdem fazendo a chamada para conferir presenças, pense no professor falando durante 40 minutos sobre um tema insosso, que poderia estar sendo transmitido de outra maneira, tornando a aula um centro de debates. O aprendizado é cada vez mais individualizado (sempre foi), então isto obriga o professor a nivelar pela média, esquecendo os alunos mais preparados e deixando de lado os menos preparados. A escola como máquina de exclusão! Está na hora de revolucionarmos a maneira de fazer Educação. Novas metodologias, menos discurso de formar cidadãos, menos política em sala de aula e mais formação e preparo de alunos para encararem, em condições de competir, um mundo que se moderniza e não terá pena dos “coitadinhos”! Boa leitura!
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