Tráfego em mão dupla na margem esquerda da Beira Rio é debatido na Câmara

Foto: Bruno de Almeida

O vereador André Rezini (Republicanos) cogitou durante a última sessão ordinária da Câmara Municipal, dia 1º de fevereiro, que o tráfego de toda extensão da margem esquerda da avenida Beira Rio opere em mão dupla. “A medida justifica-se pelo pouco movimento de veículos que têm se utilizado do logradouro, frente à possibilidade de fazer com que a via propicie novas rotas, facilitando a mobilidade”, registrou o edil no Requerimento nº 13/2022, aprovado por unanimidade na reunião.


Esta não é a primeira vez que a ideia é levantada no Legislativo. Em setembro do ano passado, também de forma unânime, o plenário se colocou favorável à proposta de Nik Angelo Imhof (MDB) e Ricardo Gianesini, o Rick Zanata (Patriota) de “conversão da pista da nova Avenida Beira Rio para mão dupla, no trecho entre a Ponte do Trabalhador até a Ponte Estaiada Irineu Bornhausen”. À época, eles alegavam que a medida resultaria na ligação direta entre os bairros São Luiz e Guarani, o que favoreceria a fluidez do trânsito. A sugestão foi formalizada por meio do Requerimento nº 127/2021.


“A comunidade, os amigos e as pessoas vêm até o vereador fazer reivindicações, críticas, enfim, e nesse sentido é que fizemos novamente esse requerimento, para potencializar e buscar um pouco mais de agilidade quanto ao estudo que se refere à mão dupla nessa obra”, destacou Rezini. “Como está hoje, ela é pouco utilizada para o trânsito. Eu sei que a Prefeitura, os secretários e também os departamentos ligados a esse assunto estão trabalhando, vimos que houve um avanço na questão de algumas transversais, mas o entendimento de alguns moradores e também deste vereador, assim como dos vereadores Nik e Rick, é que dá para fazer mão dupla. Precisamos evoluir nesse sentido”, acrescentou o republicano.

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Contribuições
André Vechi (DC), em aparte, citou que foram empregados cerca de R$ 25 milhões em recursos para a ampliação da margem esquerda, “obra importante não só pela mobilidade, mas como canal extravasor”, e que, pelo projeto “50 Parcerias pelo Clima”, a Prefeitura adquiriu um software que possibilita simular distintos cenários prevendo a abertura de novas ruas e seus impactos para a cidade.


Cassiano Tavares, o Cacá (Podemos), opinou que a abertura de mais acessos às pistas da margem esquerda poderia desafogar o trânsito nos horários de pico, especialmente na avenida Otto Renaux. “A mão dupla ajudará bastante, mas precisa realmente ter mais acessos”, disse.


Líder do governo na Câmara, Imhof considerou que as colocações dos vereadores que o antecederam na tribuna foram perfeitas em relação à falta de acessos à Beira Rio, ponderando em seguida que, sobre a ideia de mão dupla, o ideal seria a delimitação de uma terceira pista na margem esquerda.
Para Natal Carlos Lira (DC), os ajustes necessários à margem esquerda não serão difíceis de serem executados. “Estamos fazendo um alarme meio grande, mas é muito fácil”, afirmou.


Zanata expressou descontentamento com um acesso específico à avenida aberto em janeiro, onde os trabalhos, segundo ele, encontram-se parados. “Eu não sei qual é a dificuldade que a Secretaria de Obras está tendo em relação àquele acesso, que já está há 30 dias cavado, com os tubos colocados lá no lado e a obra está parada”, reclamou. Antes de encerrar, o patriota pediu ao líder do governo que a demanda seja encaminhada ao secretário da pasta, Ricardo José de Souza.


Ivan Martins (DEM) endossou o discurso de Rezini e defendeu que a Prefeitura atenda à demanda por mais acessos à Beira Rio. “Está se buscando uma crítica construtiva, no sentido de auxiliar a administração pública a melhorar aquela situação. Está na hora de fazer o maior número de acessos possível para que o pessoal possa usar a Beira Rio. O que não tem justificativa é uma obra dessa envergadura, com o custo que teve, não ter serventia na prática”, cobrou o democrata.

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