O Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto de Brusque (Samae) decidiu que vai retirar o reservatório de 500 mil litros d’água localizado na Rua Monsenhor Bernardo Peters no bairro Azambuja e está realizando um estudo técnico para ver qual local será mais apropriado para receber o equipamento. No ano passado, moradores tiveram que abandonar suas casas por conta de um pequeno deslizamento de terra ocorrido na extrema entre o reservatório e a casa do morador Pedro Angioletii.
Desde a sua implantação, os moradores solicitam à autarquia a retirada do reservatório que, segundo os moradores, causa perigo a população, tanto é que em janeiro de 2022 a juíza Iolanda Wolkmann determinou que o reservatório deveria ser abastecido com apenas 150 mil litros.
De acordo com o Diretor-presidente do SAMAE, William Molina, a retirada do equipamento é a solução mais óbvia para solucionar os transtornos que ele vem causando a população:
“Apesar de os laudos técnicos apontarem que não há risco em relação ao reservatório, existe um sensor dentro do reservatório que mede qualquer movimentação que o equipamento possa ter e isso não ocorreu nos últimos anos, então a gente tem muita segurança em relação a isso. Além disso, existe uma determinação do Ministério Público que a gente poderia só usar 40% da capacidade do reservatório, mas isso não é suficiente a distribuição da água para a população. Em razão disso, nós temos procurado soluções. A primeira e mais óbvia é tirar o reservatório de lá. Foram feitos estudos para virar ele de lado, mudar de posição no mesmo local ou no terreno vizinho, mas isso não iria resolver o problema que já existe que é o medo que os moradores tem na parte debaixo que esse reservatório iria causar alguns problemas futuros”, aponta Molina.
O diretor acrescenta que, por esses motivos, a autarquia decidiu que irá retirar o reservatório daquele terreno. ” Nós estamos escolhendo um local que seja adequado para a instalação do reservatório. Um desses locais seria no estacionamento do Cemitério Municipal onde teria um espaço de 5m X 8 m e esse espaço retiraria em torno de cinco ou seis vagas de estacionamento. O reservatório naquela localidade poderia ser usado em 100% com uma distribuição melhor de água e é um bom local para receber a instalação. Estamos fazendo os estudos técnicos em relação ao local, embora ali a gente não tenha nem captação, nem tratamento, ou seja, nada que impeça de ser instalado naquele local. Também existe a possibilidade de um terreno que a prefeitura tem ao lado da rótula, um terreno de 300 m² que na época da implantação do loteamento ele foi cedido como área verde, mas isso tudo tem que ser analisado pelos engenheiros e lá também poderíamos usar 100% do reservatório”.
Segundo Molina, nos próximos dez dias o estudo estará concluído e ai ocorrerá a decisão sobre o local de instalação e a execução da obra: “Teremos o estudo e depois vamos decidir para onde ele vai. Isso vai trazer muitos benefícios para a região e vai minimizar a falta de água”, finaliza.
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