Keka Morelli critica declarações da secretária de Educação sobre a redução das aulas de Educação Física

Vereador também falou da saída de Cuba do Mais Médicos e se declarou preocupado com o atendimento a comunidades carentes

Vereador Gerson Luis Morelli / Divulgação

O vereador Gerson Luís Morelli, o Keka (PSB), comentou em pronunciamento durante a sessão ordinária desta terça-feira, 20, a entrevista concedida ao Jornal da Diplomata, no dia anterior, pela secretária de Educação, Eliane Busnardo Buemo, a respeito da anunciada redução, de três para duas, das aulas de Educação Física ministradas do 6º ao 9º anos do Ensino Fundamental nas escolas municipais, a partir de 2019.

“Acho que a oportunidade que a secretária teve para esclarecer esse assunto foi a audiência pública, mas infelizmente ela não compareceu”, disse o parlamentar, referindo-se ao evento promovido pela Câmara de Vereadores dia 8 de novembro. “Ela falou muitas coisas sem fundamento, principalmente comparar as escolas públicas com as particulares [onde também são duas as aulas semanais da disciplina]. Achei incabível”, acrescentou.

Claudemir Duarte, o Tuta (PT), endossou o ponto de vista de Keka, afirmando que foram infelizes as colocações feitas pela secretária ao radiojornal e que ausência dela à audiência pública pode ser interpretada como um desrespeito à casa legislativa.

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Mais Médicos

Num segundo momento, Keka expressou preocupação com as consequências da saída de Cuba do programa Mais Médicos: “Milhões de brasileiros ficarão sem assistência médica básica. A gente tem que cobrar medidas”, defendeu o vereador, ciente de que apenas dois médicos cubanos estão em atividade no município.

“Por quatro anos, meu filho foi coordenador do Mais Médicos. Como ele não dirigia, eu o acompanhei por diversas cidades do interior de Santa Catarina onde só existia um médico, que era cubano e atendia toda a população”, contou.

Em aparte, Sebastião Lima, o Dr. Lima (PSDB) contrapôs as colocações do orador: “Posso tranquilizá-lo de que o próximo ministro da Saúde vai se preocupar com isso. A gente não tem esse problema da forma como foi colocado, gerando um pânico sem motivo. O país tem 450 mil médicos e forma 20 mil médicos ao ano nas suas 298 escolas de Medicina. Tenho certeza que será construída uma solução ideal para os nossos problemas de Saúde”.

Ao retomar a palavra, Keka respondeu que há lugares e comunidades no país afastadas dos grandes centros, onde geralmente os médicos não querem trabalhar, ainda que a remuneração oferecida esteja acima da média.  “O que eu espero é que não falte atendimento para a população mais pobre”, concluiu.

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