Trabalhadores se manifestam contra as Reformas Trabalhista e da Previdência

Foto: divulgação -

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Brusque – Foi realizado na tarde desta quarta-feira, 15 de março, na Praça Gilberto Colzani, um ato público que reuniu trabalhadores contrários às reformas Trabalhista e da Previdência. O evento, que ocorreu simultaneamente em todos os Estados Brasileiros, contou com o apoio do Fórum Sindical de Trabalhadores de Brusque e Região.

“Hoje é o dia nacional de paralisação em todo o país, por conta deste pacote de maldades que o Governo Federal apresentou e está em andamento para ser votado. A classe trabalhadora e o movimento sindical não podem aceitar esta aprovação, que será um retrocesso para toda a população brasileira”, afirma a presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias do Vestuário de Brusque e Guabiruba (Sintrivest), Marli Leandro.

Para a sindicalista, as propostas das reformas precisam ser amplamente discutidas, para que as pessoas conheçam o teor de tudo que está previsto. “Muitos trabalhadores não conseguirão mais se aposentar. Ainda que aos 65 anos, sem a contribuição ininterrupta por 49 anos, não será possível se aposentar de forma integral”, adverte Marli.

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Ela explica que para atingir a meta proposta, o trabalhador precisa entrar no mercado aos 16 anos e trabalhar sem parar pelos próximos 49 anos. “Escuto os empresários falarem que são a favor das reformas. Mas qual empresa vai manter um trabalhador de 65 anos em seu quadro de funcionários? Lá no chão de fábrica ou na construção civil? Eu não acredito nisso. Até lá os trabalhadores estarão esgotados, sem saúde e sem perspectivas. O Brasil então terá uma legião de pessoas idosas e pobres, sem aposentadoria e sem nenhum benefício social”, enfatiza.

Outros pronunciamentos

Para o presidente do Fórum Sindical de Trabalhadores de Brusque e Região, João Decker, se a proposta apresentada pelo Governo Federal for aprovada na íntegra, ninguém mais vai se aposentar. “Eles alegam que a Previdência não comporta tanta despesa. Mas se deixar de tirar valores da Previdência para outros investimentos, vão perceber que o recurso é suficiente”, avalia.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos de Brusque (Sintimmmeb), José Isaías Vechi, falou sobre a história do Brasil, especialmente em 1885, com a Lei dos Sexagenários. “Nós tivemos a escravidão e essa lei ficou conhecida como a Lei da Gargalhada, porque nenhum escravo tinha, de fato, a liberdade. Eles morriam antes dos 65 anos. A gente sabe o que está acontecendo, mas, infelizmente, o Brasil está anestesiado”, pontua.

Para o presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Fiação e Tecelagem (Sintrafite), Anibal Boettger, este é o momento de fazer pressão: primeiro nos vereadores eleitos na cidade e, depois, nos seus respectivos representantes em Brasília. “Precisamos cobrar uma posição dos nossos deputados federais e senadores eleitos”, ressalta.

Já o presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário de Brusque (Sintricomb), Isaías Otaviano, avaliou este momento com tristeza, ao se reivindicar direitos sacramentados pela Constituição. “Estão querendo tirar o nosso direito de uma aposentadoria digna. Tenham certeza que este governo não assumiu de graça. Ele tinha o propósito de desmontar os movimentos sociais que defendem a classe mais sofrida do país”, observa.

O presidente do Sindicato dos Empregados no Comércio de Brusque, Julio Gevaerd, lembrou da nova lista de delação premiada, divulgada no início da semana. “Metade dos congressistas estão com o rabo preso e não têm condições éticas e morais de representar o povo brasileiro. Ano que vem temos que trabalhar forte para não reeleger esta cambada de porcos. Já que não dá para trocar o chiqueiro, vamos trocar os porcos”, declara.

por Assessoria de Imprensa

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