Polícia Militar forma primeira turma de adultos no Proerd


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Foto: Wilson Schmidt Junior –

Brusque – A Polícia Militar de Brusque formou na tarde desta sexta-feira (8) a sua primeira turma do Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência (Proerd) voltado para pais e ou adultos. Os cinco encontros de duas horas cada foram ministrados pelos cabos PM Eduardo José Duarte e Darci José Petri; pelos soldados PM Guilherme Sedrez e Günter Gums; sob o comando do major PM Adair Alexandre Pimentel, que gerencia o Proerd no 18º Batalhão de Polícia Militar (BPM). O foco, nesta primeira turma, foram pessoas que já tiveram contato com drogas e que hoje buscam a reintegração na sociedade, através dos serviços prestados pelo Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (Caps AD).

De acordo com o Petri, a experiência de sair das salas de aulas e instruir adultos e pais sobre os malefícios causados pelos entorpecentes e, também, pela violência, foi bastante marcante e desafiadora. “Foi a primeira vez que fizemos um Proerd para esse público e foi um grande aprendizado para nós. Muito se fala, mas poucas pessoas estão abertas para os ouvir. Foi uma grande troca de experiência, porque vários assuntos foram abordados. Entre eles drogas e seus efeitos físicos, mentais e, principalmente, sociais (…) a participação da família foi muito importante nesse processo porque são a base de tudo. Viemos somar esforços ao trabalho realizados pelo Caps”, afirmou o policial, durante entrevista para o Portal Olhar do Vale (ODV).

Além do município de Joinville, situado no norte catarinense, é a primeira vez que o Proerd é aplicado para pais e adultos que se encontram em vulnerabilidade social. Para o PM, por ser pioneiro, exigiu um esforço adicional da equipe organizadora do programa no 18º BPM.

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Repressão x prevenção

Ainda segundo o instrutor do Proerd, atuar junto a pessoas que já foram usuárias de drogas foi um verdadeiro desafio, já que se trata de um novo tratamento de pessoas que já estiveram em conflito para a lei. “Tivemos que nos superar. A Polícia Militar há tempos atrás foi treinada para reprimir o crime e não para prevenir. É a cultura da instituição que vem mudando. A Polícia Comunitária é um exemplo disso. A mudança de paradigma do policial para com esse público também é necessária”, finalizou.

por Wilson Schmidt Junior

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