Plano de Governo: Passados dois anos de mandato, o que foi cumprido pela chapa Ari Vequi/Pastor Gilmar?

cassação Ari Vequi e Pastor Gilmar - luciano hang brusque
Foto: Anderson Vieira/ Olhar do Vale | Arquivo

Quando se há uma disputa eleitoral no âmbito municipal, os candidatos a prefeito e vice elaboram um plano de governo para apresentar aos eleitores as promessas do que irão fazer nas mais diversas áreas se eleitos forem. Foi assim também com a chapa da Coligação Brusque Mais Forte, que reuniu os partidos MDB, DC, DEM e PSDB e trouxe a candidatura do até então um vice prefeito, como cabeça e um pastor evangélico em sua primeira experiência política, como vice. A chapa saiu-se vitoriosa nas eleições de Brusque e Ari Vequi e Pastor Gilmar Doerner foram eleitos prefeito e vice da cidade.

Na época de suas candidaturas eles lançaram o Plano 15, ou seja, um programa de governo com 15 tópicos nas mais variadas áreas onde prometiam algumas atitudes caso conseguissem obter o mandato de quatro anos.

Faltando dois anos para acabar o mandato e desconsiderando a possibilidade de reeleição, pois entende-se que as promessas devem ser cumpridas em um período de quatro anos, o Olhar do Vale procurou o prefeito de Brusque, Ari Vequi, para, em cada um dos tópicos apresentados pelo programa, responder o que foi feito, o que falta fazer ou o que se tornou inviável de realizar. Atualmente houve uma mudança em relação aos partidos que fazem parte do governo municipal. O DC desembarcou do governo e outros aderiram, como Progressistas, PSC, União Brasil e Republicanos, que passou a ser o partido do vice inclusive. Acompanhe a entrevista:

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Olhar do Vale: Faltam dois anos para o senhor cumprir o seu mandato, provavelmente será o candidato a reeleição, embora o senhor diga que talvez sim, talvez não, o primeiro tópico do plano é: “Melhora em qualidade de vida com mais saúde para o nosso povo“. O senhor coloca entre as ações a implementação a nova unidade de saúde que atenderá o bairros Primeiro de Maio e Azambuja. E, além disso, escreveu que iria implementar o Pronto Atendimento e o Centro de Referência Materno Infantil no bairro Santa Terezinha.

Ari Vequi: Quanto ao Azambuja já foi concretizado, o que não tínhamos naquele momento era a Unidade do Maluche que estava fechada. Então nós reabrimos o posto do Maluche e mantivemos então Azambuja e Primeiro de Maio naquela casa alugada que hoje é ali perto do Sintrivest. Então foi cumprido. Era uma única unidade de saúde que eu prometi nesse processo.
Nós tínhamos vinte e seis, vinte e sete unidades de saúde e essa unidade de saúde eu prometi que ela permaneceria, porque a unidade do Maluche está sobrecarregada. A UPA da Santa Terezinha, antiga UPA (Unidade de Pronto Atendimento), ela está ainda em construção, uma obra difícil de acabar, uma obra enrolada mesmo, o pior modelo da burocracia do Brasil é aquilo ali. Desde o seu formato, a sua localização, tudo que foi feito de errado está ali. O Município não tinha naquele momento da UPA, um conceito de UPA. O próprio COMUSA naquele momento não era tão favorável a esse modelo, porque se nós botarmos uma UPA naquele padrão que estava aí, nós teríamos que tirar todo o dinheiro que nós colocamos hoje no Hospital Azambuja, tirar todo o dinheiro do Hospital Dom Joaquim e fazer a UPA da Santa Terezinha. Então o Dom Joaquim e Azambuja viveriam apenas pelo SUS e já estariam com as portas fechadas. Se não é o valor que a prefeitura injeta nos hospitais eles param. E aí a UPA ia fazer só atendimento básico, as urgências teriam que ser levadas ao Azambuja.

No governo Temer conseguimos adaptar a UPA para o materno infantil, também para um departamento de violência contra a mulher e um pronto atendimento de 10 a 12 horas, não decidi ainda, mas quero terceirizar. Quero trazer uma porta do Azambuja para poder tocar aquilo ali como uma entidade, com alguém que possa administrar pra nós. Esse ano nós temos certeza, estamos dando porrada na mesa todo dia para que isso saia do papel. Ninguém mais do que eu quer que essa obra abra esse ano o pronto atendimento, mas quero te dizer: Nós estamos avançando muito mais. Eu prometi a busca de abrir o hospital Dom Joaquim 24h durante o projeto e abri no primeiro ano e apoiar o Hospital Azambuja na busca da alta complexidade e nós já buscamos. Estamos buscando também junto com a Carmen Zanoto a solução para as cirurgias represadas e nos exames. Eu acho que as unidade básica de saúde falta uma coisa: médico. E nós não temos a solução mágica, porque não tem médico no mercado. Então, mas daqui talvez há dois anos para uma universidade formar a primeira
etapa hoje já temos um convênio com a universidade, queremos montar um consultório escola aqui na policlínica, então que não estava nem no plano de governo, mas então a gente tá tentando avançar e eu estou tranquilo mesmo com a questão da saúde, não quer dizer que a saúde em Brusque está a mil maravilhas, mas a gente tem avançado bastante.

Olhar do Vale: É, tem essa questão dos médicos que o senhor colocou. E também dos exames que estão represados, essas filas. O senhor fala aqui também em dobrar o investimento em “medicamentos não padronizados em nossa rede de saúde”. Conseguiu?

Ari Vequi: De 30 mil para 60 mil só que também o custeio. Quando dobra o investimento, dobra o custeio, tem alguns outros medicamentos também que entraram na lista. Tiraram alguns, colocaram outros. Então, é uma questão muito técnica, né. Questão judicial até eu não sei se nós estamos pagando muito mas eu não tenho porque ouvi muito durante alguns anos principalmente de ano passado muitas decisões que levavam a pagar medicamento caro cem mil duzentos mil não vi agora nos últimos meses não tem mais acompanhado essa questão mas também não tenho visto reclamação né? Eu acho acho que alguns medicamentos esse ano faltou por causa da falta de de matéria prima ela foi no Brasil foi né? Quando não há muita reclamação é porque as coisas estão funcionando.

Olhar do Vale: No 2º tópico: ” Gerar desenvolvimento social humano com a educação de qualidade “, a promessa é de criação em média de mil e cem vagas em creches em toda a extensão do município.

Ari Vequi: Criamos bastante. A Raio de Sol da Rua Nova Trento por uma questão das chuvas de 2020, teve um grave problema no telhado. Naquele momento não tinha saída porque a Defesa Civil se comprometeu e como é Recurso Federal demora pra liberar eternamente. A gente optou por alugar o uma parte do Seminário de Azambuja, então Secretária de Educação acertou com o Azambuja que iríamos alugar e alugamos uma parte do Museu de Azambuja. Então, se levou uma parte da creche Raio de Sol para lá. E nesse ano vamos reabrir a creche reformada e manteremos aquelas vagas do museu. Da mesma forma inauguramos A Hilário Zen. Entregamos definitivamente, porque estava quase finalizada no final do mandato do Dr. Jonas, mas entreguei no meu governo, fui eu que inaugurei. A da creche do Rio Branco, também criou mais duzentas vagas. Estamos finalizando para o mês de março a Emma II que deve representar também mais umas duzentas vagas porque nós vamos manter a antiga creche também que é um prédio alugado ali nas proximidade do bairro Limoeiro. Vamos manter essa creche também funcionando. Então nós não estamos transferindo aluno de uma creche pra outra. Na Nova Brasília, por exemplo, fizemos uma nova escola de ensino fundamental. Do lado no aluguel com a escola linda, um espaço maravilhoso com a quadra de esporte coberta e fizemos o quê? Uma ampliação da parte antiga para mais vaga em creche. Eu não lembro de cabeça quantas vaga nós colocamos ali, mas eu acredito que foi umas quinhentas, seiscentas. Sei que falta e a fila é grande, também abrimos o edital para a compra de vaga, apareceram poucas. Compramos 70.
Abrimos o edital pra comprar a vaga, temos possibilidade de comprar mais, incentivamos essas pessoas que possam fazer creche ou ter vagas pra vender pro município e nós temos o gargalo, por exemplo em Dom Joaquim com grave problema, não só de creche, aqui nós temos problema sério do ensino fundamental que é do Governo do Estado . O Gregório Locks não tem mais capacidade, está no limite, então temos que encontrar uma saída. Estamos tentando um aluguel para avançarmos para uma creche no Dom Joaquim. Temos o projeto pronto pra lançar no bairro Limeira, na frente da igreja da Limeira Baixa, Igreja Nossa Senhora Aparecida, era metade do Governo do Estado, metade do Governo Federal, passou o ano do Governo do Estado, não pagou eu falei com o secretário naquele dia que estávamos aqui, se ele der a parte dele talvez nós iniciamos essa obra ainda no primeiro semestre, que é a creche da Limeira Baixa, senão esse ano nós não vamos ter condições financeiras de bancar uma obra dessa que é mais de R$ 4 milhões com o dinheiro da prefeitura, nós não temos condições. , então nós vamos ter que atrasar um pouco mais essa obra estava programado R$ 2 milhões e alguma coisa do Governo Estadual, fizemos a licitação, já temos vencedor, temos empresas, terreno, tudo certinho. Estávamos pronto pra dar ordem de serviço. O governo do estado no final do ano não pagou. Deixou lá. Agora nós vamos discutir com o novo governo. Um bairro também precisa de creche e estamos buscando locação, não conseguimos é o bairro São Luiz. São dois bairros hoje que tem um forte gargalo entre Dom Joaquim e o bairro São Luiz. Nós reconhecemos, temos que buscar vaga, temos que comprar vaga dar um jeito de avançar nessa questão da creche.

Olhar do Vale: Neste tópico também tem as quadras esportivas que foram promessas…
Ari Vequi:
Fizemos no mandato do Dr Jonas acabei no meu mandato mais de seis quadras esportivas e agora vamos avaliar novamente quais são as outras escolas que vão ter a necessidade de ter quadra esportiva. Além da robótica nas escolas e o Google For Education. Também esperamos que o Governo Federal mantenha a escola cívico-militar no bairro Paquetá que está funcionando muito bem.

Olhar do Vale: No terceiro tópico: Força e economia com geração de empregos
e renda. O senhor comentou recentemente sobre o SINE que tem várias vagas de emprego e como é que está essa adequação em relação ao plano de desenvolvimento econômico municipal?

Ari Vequi: Estamos trabalhando e conversado com as entidades. A capacitação de mão de obra é a maior preocupação. Temos feito parcerias, fizemos a primeira esse ano com a Ampe pra formar costureiras. Eu estive lá na formatura foram mais de 80 novas costureiras. O que falta para nós nessa questão de mão-de-obra é capacitação. Nós precisamos criar mais formas para capacitar o nosso jovem. O SENAI quer aumentar sua capacidade técnica pra poder atender e fazer com que tenhamos mais cursos técnicos, porque a indústria tá tá se inovando, está se reerguendo. Vamos pegar como exemplo, a indústria têxtil onde as empresas centenárias quebraram e houve uma transformação em várias pequenas empresas que absorveram a mão-de-obra. Quanto as tinturarias, admito que tem um problema ambiental e estamos buscando cada dia. Semana passada veio a caneta para fechar uma empresa. Isso dói o coração, fechar um estabelecimento quando o cidadão investe, usa seu suor pra empreender e o setor público ter que ir lá e dar uma canetada para fechar a empresa, mas eu fiz porque a comunidade não aguentava mais o mau cheiro porque o projeto foi mal desenvolvido. Meio ambiente e economia tem que caminhar juntos.

Olhar do Vale: Prefeito, no item quatro: “Desenvolvimento urbano e sustentável”, o senhor já falou da revisão do plano diretor…

Ari Vequi: Nós estamos na elaboração do plano diretor, contratamos a Unifebe, acho que vai ser o plano mais discutido e participativo que já teve. Eu espero mandar isso o mais rápido possível, ao finalizar para o debate na Câmara. A hora que chegar lá para ser debatido, principalmente na ocupação do solo, das áreas industriais que muitas vezes ficam em áreas residenciais e criam dificuldades. O plano diretor tem que dar uma redirecionada na cidade do que cada bairro deve ser daqui pra frente e poder se ocupar, seja por prédios, industrias, comércios ou residências. Em alguns lugares já poderíamos ter prédios de 20, 30 andares e temos apenas 16, então vai ajudar bastante.

Olhar do Vale: No item cinco, esporte e lazer nos bairros …

Ari Vequi: Há uma uma preocupação minha muito grande com isso, eu gostaria de pedir para a comunidade, na questão principalmente das praças. Eu fui muito criticado quando aqui na cabeceira da ponte Arthur Schlosser houve uma retirada de duas ou três árvores e se criou ali uma nova praça administrado por uma empresa privada. Eu queria que isso se estendesse pra tudo quanto é bairro. Que cada praça da cidade tivesse uma empresa privada que cuidasse. Então, por exemplo: a praça do Maluche, se tiver uma ou duas empresas que administrassem. Fizemos isso com o portal lá na entrada da cidade, com a Marazul na época, hoje o portal tá lá bonito. Então, eu queria pedir a população que nos ajudasse nisso. Nós pudemos ir lá botar o brinquedo, comprarmos o equipamento, mas se nós não tivermos a parceria da iniciativa privada, não dá certo, pois daqui a pouco está lá abandonada. Tanto é que uma das reclamações nas redes sociais é falta de espaço para lazer. Nós reaprendemos a viver após a pandemia com a busca de mais lazer e estar junto à família.

Olhar do Vale: Uma promessa do plano é que os finais de semanas teria professores custeados pelo programa bolsa técnico atendendo crianças e adolescentes em quadra esportivas municipais nos bairros…

Ari Vequi: Não avançamos muito, estamos tentando de novo, falei com o Palmito (superintendente da FME) sobre as bolsas de estudo, que existem mas estão sendo utilizadas em setores específicos como o judô, por exemplo. É mais isolado, mas eu gostaria que esse programa fosse mais em conjunto agregando com poder público.

Olhar do Vale: No ítem 6 : Gestão eficiente orientada a resultados fala muito aqui na melhoria dos processos, gerenciamento e execução dos contratos”. O senhor conseguiu implantar isso?

Ari Vequi: Ainda falta ainda falta alguma coisa. Avançamos muito. O IPTU tá ali, é prova disso, o geoprocessamento está ali, esse ano finaliza. Nós não estamos aumentando o IPTU além da inflação, nós estamos aumentando a realidade. O que que você tem construído no seu terreno: Se é 100 m, vai ser cobrado por 100 m, se é mil metros, será cobrado por mil metros. Tudo isso vai estar no sistema que avançou muito. Em relação ao Alvará, também avançou bastante e o balcão da micro e pequena empresa também. A gente criou o site da transparência e levamos internet a todos os equipamentos públicos do município. O que acontece que essa integração, por culpa da empresa que a gente contrata, muitas vezes deixa a desejar. Eu acredito que que na área tecnológica tem espaço para avançar mais.


Olhar do Vale: O item sete era “investimento em infraestrutura e mobilidade”.

Ari Vequi: Na questão de mobilidade, na minha gestão e do Dr. Jonas tivemos muitas novidades, muito acessos novos, muitas pontes novas e recuperadas. Fizemos duas pontes na margem esquerda da Beira Rio. Refizemos totalmente a ponte do Rio Branco. Estamos fazendo uma nova no Dom Joaquim, uma ponte de mais de R$ 2 milhões. Nossa grande preocupação no Guarani, Rio Branco e Guabiruba é a ponte do Maluche, essa região só tem essa ponte, então essa nova ponte que estamos fazendo no Rio Branco também atende essa região. Também temos o acesso rápido da Antônio Heil até esses bairros, que vem pela Beira Rio e vai poder ligar até Botuverá. São mais de 7km de via nova, abertura que já começou no Maluche, nós já desapropriamos dois terrenos lá que custou próximo aos R$ 2 milhões, dos dois lados, tanto na margem direita como esquerda, onde está sendo construindo a ponte e vai ter todo um contorno. Essas obras estão sendo feitas para melhoras a mobilidade do Guarani, Rio Branco e Dom Joaquim e também de quem vem de Guabiruba e Botuverá.

Olhar do Vale: Oitavo item: Brusque transparente. Mas quanto ao combate à corrupção?

Ari Vequi: Em relação ao combate à corrupção nós temos tomados decisões duras, muitas vezes entendidas ou não. São vários processos administrativos e questões que ao chegar na ouvidoria ou através de qualquer denúncia nós temos aplicado para o processo administrativo. Finalizado o processo são penalizado ou são mandado embora ou são obrigados a ressarcir o município. Todos os comissionados sabem disso mas o efetivo também sabe. Qualquer pisada na bola pode resultar na sua demissão.

Olhar do Vale: Nono Ítem: “Desenvolvimento social. A prefeitura teve alguns problemas em relação ao agendamento da cesta básica. E também a promessa é a a construção do CRAS no bairro Bateias e lançar uma nova edição do programa Véu de Noiva…

Ari Vequi: Conversei com a secretaria e deve tá lançando esse ano no período uma nova edição, mais encorpada, vamos fazer uma edição melhor, me disse a diretora ontem, acho que não vai ter problema nenhum, a do cartão está beleza e do CRAS inda não há avanço nesta questão.

E sobre moradias populares…

Ari Vequi: Nós tivemos um grande volume de casas geminadas em Brusque, vendidas pela população via Caixa, só que hoje com a crise econômica essas pessoas não conseguem mais comprar. Aquelas casas que se comprava a R$ 150 mil, R$ 180 mil, hoje custam R$ 300 mil. Então temos que criar uma nova modalidade, acredito que o novo Presidente deve fazer, que foi parte do primeiro governo que ele fez, o Minha Casa Minha Vida, alguma coisa precisa ser feita. Nós não queremos fazer aqueles conjuntos habitacionais muito grande, mas temos que arrumar um modelo, não sei ainda qual, mas precisamos fazer casas populares em Brusque sim, porque precisamos trazer mão de obra pra cá e não queremos que ela venha trabalhar aqui e pagando aluguel que compre uma casa de R$ 300 mil e financie, não tem condições. A prefeitura tem que ajudar com alguma coisa para que essa casa seja de baixo custo para que a população que vem pra cá a procura de emprego possa ter emprego mas também tenha onde morar.

Olhar do Vale: Defesa das pessoas com deficiência. A gente percebe que Brusque não é acessível para essas pessoas…

Ari Vequi: Saiu o estudo que a universidade trouxe e estamos procurando nos adequar. Cobrando muito da Secretaria de Obras, porque são obras antigas e a gente tem buscado os postos de saúde, que tem avançando muito, já fizemos Santa Terezinha, também acho que é Água Clara agora, né? Então nós tamos buscando avançar muito nessa questão da acessibilidade, mas ainda na nossa cidade o relevo prejudica e tem coisa para fazer.

Olhar do Vale: No ítem 11 – Apoio a segurança pública

Ari Vequi: Nós temos o convênio com a Polícia Militar junto com a entidade privada e conseguimos avançar. Hoje a cidade está monitorada nas entradas e saídas de Brusque graças a união entre a prefeitura municipal e a classe empresarial. Precisamos avançar cada vez mais porque todo dia tem novidade no mercado em relação aos equipamentos e acredito que qualquer carro que entrar na nossa cidade será monitorado e se for roubado será pego. Acho que a polícia militar cada vez mais investe em inteligência e nós somos parceiros , mantemos o convênio e queremos cada vez mais ampliar. Foi assim quando fizemos o convênio para o Samae colocando câmeras em todas as estações de tratamento para cuidar da água e monitorar a região caso haja necessidade de chamamento da polícia militar.

Olhar do Vale: No Ítem 12 – Saneamento básico de qualidade, aí tem a ETA da Cristalina e a Coleta e tratamento de esgoto sanitário

Ari Vequi: Duas empresas foram escolhidas pra apresentarem o projeto, acho que foi o projeto de duas empresas, vamos fazer uma só, finalizada essa essa parte técnica, vai ao Tribunal de Contas pra abrir licitação pra ver se alguma empresa privada assume o saneamento básico do nosso município. Era esse meu compromisso e vai continuar sendo. Não temos outra forma de fazer saneamento na cidade, porque nós não temos como buscar recursos do governo federal por causa daquela história da manilha de mil e novecentos lá vai.

Olhar do Vale: Ítem 13: Brusque 4.0: Inovação e empreendedorismo. Fala-se aqui sobre a implementação do Centro de Inovação.

Ari Vequi: Nós fizemos o fundo de inovação, criamos o fundo de inovação e o conselho. Falta o governo do estado entregar o patrimônio para a sociedade. Lá vai ser um vai ser um consórcio com várias entidades. Então nosso centro de inovação tá atrasadíssimo, dois governos estadual passaram, então esperamos que o atual governo acabe, porque o fundo nós já criamos, o comitê já criamos, só falta a estrutura.

Olhar do Vale: Ítem 14: Pólo turístico regional de destaque para assumir o protagonismo de desenvolvimento e turismo da nossa região por meio da implantação do plano municipal do turismo.

Ari Vequi: O plano municipal do turismo estão tocando. Há uma dificuldade de integração com Blumenau que estamos discutindo com a Amve e estamos buscando essa parceria com os municípios participantes da associação para fazer essa divulgação em nível de Brasil. Recuperamos a Fenarreco e acho que foi um ano positivo. Temos que anexar o turismo de compras ao turismo de eventos. Esperamos também que o Jeep Clube tenha o seu próprio local para fazer as suas feiras, porque nós tivemos dificuldade com a devolução do terreno da família Hoffmann. O nosso espaço ficou reduzido, então também o turismo de evento com o pavilhão acabou com o calendário bastante extenso. A fenajepp ano passado foi a maior da história, a Fenarreco foi muito boa, a Festa da Cuca também tem trazido um resultado muito positivo. Então, estamos criando formas de fazer com que o turista de compra, o turista que vem a nossa cidade também utilize a a rede hoteleira. É claro que agora tem um equipamento novo em Balneário Camboriú, um grande centro de eventos, então eu tento muitas vezes construir o pavilhão da Fenarreco de uma outra maneira de tentar arrumar um parceiro, mas tá difícil. Se o privado assumisse nós teríamos uma melhor utilização e melhor ocupação.


Olhar do Vale: Pra finalizar, o décimo quinto item cultura para todos. Nossa proposta é incentivar e qualificar a produção cultural por meio da expansão do Fundo Municipal de Apoio à Cultura.

Ari Vequi: Criamos o prêmio Vilson Santos e através desse prêmio nós tentamos incentivaros projetos culturais ainda não é um valor muito alto, muito representativo, mas é um valor em que 10, 15 projetos culturais por por ano são incentivados, fora as demais, como, por exemplo, a Casa de Brusque e outros museus que a gente ajuda através de convênios para a manutenção desses estabelecimentos.
Nós temos uma cultura rica, né? Na tradição, acho que cobro muito dessa área cultural pra que focasse, pois nós não vamos vim a Brusque para escutar música sertaneja. Ninguém vai vir a Brusque para escutar Axé, a não ser os moradores da Bahia que moram aqui, mas nós temos que vender aqui a tradição alemã, italiano e polonesa. Temos que incentivar o turista neste sentido. Tivemos recentemente o tradicional restaurante que servia o marreco recheado fechar suas portas, perdemos talvez o melhor marreco do Brasil. É uma perda cultural. A construção de um espaço na Fenarreco com gastronomia em parceria com o privado seria o ideal. O Schimit já faz brilhantemente durante a festa, mas precisamos avançar mais nessa questão cultural.


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Jornalista graduado pela Univali em 2003 e pós-graduado em Gestão Estratégia Empresarial (ICPG) e Marketing (Univali). Passou por diversos veículos de comunicação da cidade, principalmente rádio. Desde 2011 atua também com treinamentos na área de oratória. Já treinou políticos, empreendedores, profissionais liberais e pessoas que tinham interesse em dar entrevista na mídia. Em 2014 fundou o Olhar do Vale, portal de notícias de credibilidade na cidade.