Pirola rebate Marlina: “A gente acha melhor dar uma resposta na tribuna, que é onde o vereador tem que trazer ideias”

Ele se referiu a menções da vereadora a outros parlamentares nas mídias sociais e recorreu ao Regimento da Câmara para cobrar respeito;

Foto: Talita Garcia/Imprensa Câmara Brusque.

Na sessão ordinária desta terça-feira, 22 de junho, o vereador Jean Pirola (PP) respondeu às críticas dirigidas a ele pela vereadora Marlina Oliveira Schiessl (PT), no Instagram, após a sessão ordinária da semana passada, quando o parlamentar destacou o Pedido de Informações nº 55/2021, de sua autoria, pelo qual encaminhou ao Poder Executivo perguntas sobre as servidoras públicas fotografadas ao lado de um homem que se manifestou contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ao ser vacinado contra a Covid-19 em Brusque.


Em sua página na mídia social, Marlina publicou a captura de tela de uma notícia relacionada ao ato do vereador e escreveu: “Em Brusque, há mais preocupação em perseguir servidores para defender Bolsonaro, do que em denúncia de corrupção por esquema de rachadinhas no governo” – numa alusão a acusações contra partidos e políticos da cidade que vêm sendo investigadas pelo Ministério Público estadual (MP-SC). Ela acrescentou que “a cidade está em situação de emergência, ponte caindo e a preocupação não poderia jamais ser perseguir servidores”. A mensagem menciona também o vereador Ivan Martins (DEM).


Para rebater a vereadora, Pirola defendeu o plenário como o espaço legítimo de confronto entre os vereadores, onde estes podem defender-se das colocações dos demais edis: “A gente acha melhor dar uma resposta na tribuna, que é onde o vereador eleito pelo povo tem que trazer suas ideias, debater, discutir, saber ganhar e perder. Isso se chama democracia”.

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O legislador também se amparou no Regimento Interno da Câmara Municipal para defender seu posicionamento, grifando trechos do documento que versam sobre os deveres da vereança, como: “conhecer o Regimento Interno”, “respeitar os seus pares” e “tratar com respeito e independência os colegas, as autoridades, os servidores da casa e os cidadãos com os quais mantenha contato no exercício da atividade parlamentar, não prescindindo de igual tratamento”. Em seguida, ele sublinhou que o conjunto de normas considera incompatível com a ética e ao decoro parlamentar a atitude de “incitar pessoas ou segmentos da população contra decisão soberana do plenário ou contra qualquer de seus integrantes”.


Pirola afirmou que não é a primeira vez que a petista “ataca” colegas de parlamento pelas redes sociais. “Desta vez, ela atacou eu e o vereador Ivan, pelo simples fato de estarmos exercendo a nossa função fiscalizatória. Nós fizemos um pedido de informação solicitando se aquelas funcionárias que tiraram a fotografia – que girou Santa Catarina – estavam em horário de serviço, em qual local elas trabalham e quem eram. Isso é um direito do vereador, porque o Estatuto do Servidor Público é claro: independente de PT, PSDB ou o que quer que seja, é proibido fazer qualquer tipo de apologia política em local e horário de trabalho”, argumentou.


No que tange às supostas “rachadinhas” citadas por Marlina, o vereador ressaltou que “ela também não fez nenhum requerimento sobre ‘rachadinha’ de governo”. Adiante, ele indagou: “Por que atacar os vereadores nas suas redes sociais? Estou no meu terceiro mandato e é a primeira vez que vejo, em menos de seis meses, um parlamentar atacar vários vereadores em redes sociais, citando seus nomes, sem vir à tribuna discutir”.

Pirola falou, ainda, que se sente indignado com o ocorrido: “A falta de respeito tem que ser combatida. Vejo, aqui na Câmara, a única mulher, a única vereadora e é a única que ataca os seus colegas. Não vi nenhum dos 14 vereadores, nem na tribuna, nem nas redes sociais, nem fora das redes sociais, nem nos corredores da Câmara, faltar com o respeito com os seus colegas. É inadmissível uma situação dessa. Não estamos falando de maioria, minoria, homem ou mulher, mas de respeito. Respeito todo mundo tem que ter, e principalmente aquele que o cobra, deve dar o respeito. Você tem o direito de criticar o Executivo, o Legislativo, mas quando falta com o respeito com os seus colegas, isso me traz indignação”.

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