Brusque – Cassado por abuso de poder político e econômico durante exercício da função de prefeito, Paulo Roberto Eccel (PT) foi alvo de mais uma denúncia envolvendo o mesmo tema. Desta vez, apresentada pelo vereador Dejair Machado (PSD), durante sessão da Câmara de Brusque ocorrida nesta terça-feira (9). Em seu pronunciamento na Tribuna o situacionista acusou o petista de se promover politicamente em pesquisas populares custeadas com dinheiro público, na importância de R$ 120 mil. Além disso, fez uma suposição de que tais valores possam ter sido alvos de lavagem de dinheiro, tamanha a irrelevância, em seu ponto de vista, das perguntas contidas nos questionamentos feitos à população.
“Pesquisas quando são pagas com o dinheiro público têm de ser voltadas aos anseios da população. Por exemplo na área da Saúde e Obras. O que nós observamos é que foi gasto em 2011 e, até mesmo, em 2015, quase R$ 122 mil com perguntas do tipo: ‘O prefeito Paulo Eccel é arrojado?’, ‘O que você acha da presidente Dilma?’, ‘Você conhece o prefeito Paulo Eccel pessoalmente?’. Isto, de certa forma, é uma pesquisa politiqueira. Totalmente desvirtuada. Em 2012, ano eleitoral, foram feitas quatro pesquisas desse porte. Quer dizer, levando a população a fazer comparações com as gestões anteriores”, afirmou Dejair, em entrevista pós-sessão.
Para tentar responsabilizar Paulo Eccel, a Procuradoria Geral do Município, mais uma vez, entra com Ação Cível Pública contra ele. O que, na visão de Machado, é totalmente válido. “Essa ação que foi ajuizada é procedente, é cabível; e tenho certeza que Paulo terá que ressarcir os cofres públicos nesse valor e ser penalizado no que diz a lei de Improbidade Administrativa. Só agora é que tivemos acesso ao teor dessas pesquisas. Antes se dizia que eram pesquisas para avaliar o desempenho da administração quando, na realidade, era pura promoção pessoal”, finalizou Dejair Machado.
Para o petista Felipe Belotto (PT), porém, tudo se trata de uma verdadeira Caça às Bruxas aos integrantes do Partido dos Trabalhadores. “Acho que é até um sensacionalismo. Temos que avaliar o questionário completo, o resultado e que tipo de políticas públicas se tornaram resultado dessas pesquisas. Qualquer administração nesse país que queira fazer uma gestão moderna, tem que ter instrumentos para aferir o que a população está pensando. Isso em qualquer governo, de qualquer partido. Você não pode governar um universo de 130 mil pessoas com base na intuição. Você tem que fazer isso com base científica. E pesquisa em qualquer lugar do mundo é instrumento reconhecido para basear o gestor. Eu tenho certeza que os empresários da nossa cidade fazem pesquisas quando vão se instalar em novos lugares. É praxe”, rebateu.
por Wilson Schmidt Junior
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