Paixão e Morte de um Homem Livre leva 9 mil pessoas ao Aymoré


As noites de quinta e sexta desta Semana Santa foram de pura emoção na Comunidade São Cristóvão, no Bairro Aymoré. Pela 22ª vez, os voluntários entregaram o resultado de dois anos de trabalho e arrancaram lágrimas do público que assistiu à apresentação da peça Paixão e Morte de um Homem Livre.

Nos dois dias de evento, cerca de 9 mil pessoas assistiram às duas sessões. A proposta da direção do espetáculo para este ano foi de apresentar a história de vida de Jesus Cristo sendo contada por ele mesmo. Para conseguir tal feito, foram necessários oito atores diferentes para encarnar o personagem, incluindo um bebê e uma criança. Ao todo, 380 voluntários trabalharam incessantemente desde 2017 na preparação do espetáculo, de corpo técnico a elenco. Toda essa movimentação chamou a atenção da professora Gláucia Almeida. Professora na Escola João Boos, ela e o namorado Jhonnes Tomasi – que é de Brusque – foram assistir ao espetáculo pela primeira vez.

Gláucia é natural de Dourados, no Mato Grosso do Sul, e conta que na sua cidade, as igrejas também costumam fazer encenações da Paixão de Cristo, mas os espetáculos não são como os de Guabiruba. “Todo mundo recomendou muito. Vendo todo mundo falar tanto, fiquei curiosa e decidimos vir”, contou. “Falaram que era para vir cedo. Estamos aqui desde as 17h”, disse, enquanto aguardava a sessão das 19h30min de sexta.

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A apresentação

Nos dois dias, os atores subiram ao palco pontualmente. Cada sessão teve cerca de duas horas de duração e quanto mais avançava, mais a emoção ia tomando conta do público presente. A dinâmica – um dos pontos fortes da montagem – envolveu a plateia do início ao fim.

As encenações exploravam não só os espaços do palco como também colocava o público dentro de algumas cenas, como no momento em que Jesus chega a Jerusalém montado em um jumento. O ator transitou entre as cadeiras da plateia montado em um jumento de verdade e o público se encarregou de acenar com folhas de palmeiras recepcionando o protagonista tal como é descrito na passagem bíblica.

O ator profissional convidado, Luciano Szafir, encenou Pôncio Pilatos e entrou em diferentes momentos em cena com diálogos um pouco mais longos dos que foram encenados nas duas edições anteriores em que houve a participação de atores profissionais.

A história encerrou com o momento da ressurreição de Cristo deixando palavras de amor, bondade, compaixão e retidão como última mensagem da peça. No último ato, todos os voluntários subiram ao palco e celebraram a Páscoa com todos os presentes.

Ao final da apresentação, o casal Gláucia e Jhonnes estavam emocionados como o resto do público. “Foi muito bom, valeu a pena esperar por duas horas e meia para assistir a esse espetáculo”, confirmaram.

Apoio

A peça Paixão e Morte de um Homem Livre é um dos movimentos culturais mais importantes da cidade de Guabiruba. Realizada a cada dois anos, é idealizada e executada pela Associação Artística e Cultural São Pedro (AACSP) desde 1986 e atualmente conta com a produção da Prisma Cultural. Sua viabilização se dá através de captação de recursos aprovados pela Lei Rouanet. A Prefeitura de Guabiruba apoia a ação da AACSP desde o início e neste ano é patrocinadora premium do projeto.

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