“Obviamente uma ponte não cai de um dia pro outro”, afirma Cacá sobre avisos ao poder público

Cassiano Tavares (Podemos). Foto: Imprensa/Câmara Brusque

A queda da ponte Prefeito Antônio Heil, localizada entre os bairros Guarani e Rio Branco, repercutiu no pronunciamento do vereador Cassiano Tavares, o Cacá (Podemos), durante a sessão ordinária desta terça-feira, 15 de junho. Ele apresentará um pedido de informação solicitando ao Poder Executivo cópia do laudo técnico de engenharia acerca das condições estruturais antes do ocorrido.

O vereador pontuou que no dia 10 de março iniciou contato com a Secretaria Municipal de Obras. Na ocasião, o parlamentar questionou se havia algum laudo de engenharia sobre a situação da ponte na época, uma vez que moradores haviam relatado que ela “se comportava de maneira estranha”.

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No começo de abril, relatou Cacá, usuários começaram a perceber desníveis nas duas cabeceiras. Ele chegou a enviar vídeos à Prefeitura onde ficam nítidos os solavancos na passagem de veículos. “Sobretudo ali do lado da Ivo Pinturas. Cada dia que o cara passava ali sentia um solavanco maior, isso foi ficando perceptível”, contou. Em novo contato com a secretaria, o vereador disse que questionou mais uma vez se havia sido feita vistoria, sendo informado de que haveria visita de pessoal técnico da engenharia no local.

“No dia 21 de maio, um morador me mandou um vídeo que tinha alguns buracos aparecendo novamente em uma das cabeceiras. Comuniquei a Secretaria de Obras e me falaram que nos próximos dias iriam lá arrumar. Levou uns dois ou três dias e realmente arrumaram”, prosseguiu. Em 9 de junho, data da queda da ponte, Cacá salientou que, ao verificar a situação in loco, foi informado por moradores que uma equipe da Prefeitura esteve no local no dia anterior. “Desceram e olharam na parte de baixo”, pontuou.

“Obviamente uma ponte não cai de um dia pro outro, ela já vinha pedindo socorro”, ponderou. Para o vereador, alguma providência deveria ter sido tomada preventivamente pela administração pública. “Fica aqui a minha indagação, desde março estavam sendo avisados. Será que um engenheiro com competência não viu que ela poderia cair, que algo estava errado? Que aquele desnível das cabeceiras já apontava algum problema mais sério?”, indagou.

“Poderia ter acontecido uma tragédia”, exclamou ao lembrar que ali há grande fluxo de estudantes da Escola de Educação Básica João Hassmann. “Aproveitem que não morreu ninguém e assumam a responsabilidade”, pediu. “É muita gente dando desculpinha, a chuva, um tronco, realmente isso está cansando, esse jogo de responsabilidades”, solicitou ao se dirigir ao prefeito Ari Vequi (MDB).

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