
A magistrada é juíza federal desde 2000 e já passou por cidades como Joinville, Londrina e Brusque. Aqui ela ficou por oito anos e quatro meses. Erika também é professora da Escola da Magistratura Federal da 4ª Região, nas matérias de direito administrativo e direito constitucional. Erika Reupke foi entrevistada pela reportagem do Olhar do Vale:
Por que está deixando Brusque e vai atuar aonde? Que tipos de atividades vai realizar?
Juíza Erika: Estou deixando Brusque pois essa é a ordem natural das coisas em minha carreira. Passarei a trabalhar na 2ª Turma Recursal em Florianópolis. Esta Turma Recursal atua em matéria exclusivamente previdenciária e farei análise de recursos do Juizado Especial Federal, juntamente com dois outros colegas que compõem a TR.
Dentro destes mais de oito anos na Vara Federal qual decisões foram as mais importantes na sua avaliação?
Juíza Erika: São tantas! Como a Vara tem competência plena, tive oportunidade de decidir questões ambientais importantes para a cidade de Brusque e região e atuar em muitas ações previdenciárias. Participei de mutirões de conciliação nas mais variadas áreas também.
Criou inimigos em virtude dessas decisões? Chegou a sofrer ameaças?
Juíza Erika: Não, de forma alguma. Realizei meu trabalho com bastante tranquilidade.
Qual o volume de trabalho realizado?
Juíza Erika: Temos uma alta distribuição de processos, que aumentou principalmente depois da criação do chamado V2, um sistema de tramitação eletrônica de processos, já que facilitou o ajuizamento de ações. Atualmente estamos com mais de 3000 processos em tramitação.
A senhora esteve desde o início da Vara em Brusque. A senhora acredita que houve evolução no trabalho realizado na cidade?
Juíza Erika: Com certeza! Quando começamos tínhamos muitos processos redistribuídos da Justiça Estadual e outros de cidades próximas que foram sendo resolvidos aos poucos. Na época contávamos com mais de 5000 processos.
Quem irá substituí-la?
Juíza Erika: O juiz federal removido para Brusque em meu lugar será o Dr. Clênio Jair Schulze. Ocorre que, no momento, ele é juiz auxiliar do CNJ em Brasília. Assim, por enquanto, fica como juíza titular da Vara e diretora do foro a Dra. Micheli Polippo, que já trabalha aqui conosco quase desde a inauguração da Vara.
E este novo trabalho? Que desafios a esperam?
Juíza Erika: O novo trabalho tem uma natureza bem diversa do que atualmente venho realizando, já que terei que proferir votos, não realizarei audiências, e sim sessões para julgamento de votos.O interessante é que terei uma visão de todos os processos previdenciários do Estado de Santa Catarina, o que é bem gratificante e, com certeza, me trará grande aprendizado.
Qual a mensagem que a senhora deixa para os brusquenses?
Juíza Erika: Agradeço aos brusquenses pela acolhida nesses mais de oito anos e espero ter feito um bom trabalho para a comunidade.
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