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Egídio Ferrari quer ser reconhecido por trabalhar com dedicação por Blumenau

O prefeito eleito de Blumenau, Delegado Egídio Ferrari. Foto: Divulgação

Eleito com 51,40% dos votos válidos, o Deputado Estadual e Delegado, Egídio Ferrari (PL) tem um novo cargo, o de prefeito de Blumenau a partir de 1° de Janeiro de 2025. Natural de Blumenau, o prefeito recebeu o Olhar do Vale para conversar sobre vários assuntos, entre eles o desafio de governar uma das principais cidades de Santa Catarina. Acompanhe a entrevista:

Olhar do Vale: Prefeito, agora muda um pouco, o senhor fica até dezembro na Assembleia Legislativa, onde lá se propõe leis, fiscaliza, se tem projeto e agora o senhor passa para execução efetivamente. Geralmente se diz assim, ah, se começa como vereador, depois vai para candidato a prefeito. O senhor fez ao contrário: se elegeu a deputado e agora sai do legislativo para vir para a prefeitura. Obviamente teve um pedido do governador para que isso acontecesse, mas por que a sua decisão de galgar essa jornada, diferente do que é convencional?

Egídio Ferrari: Realmente, minha primeira experiência na política foi para deputado, me filiei e fui candidato pela primeira vez e me elegi, aí já é uma grande surpresa. E durante o mandato, como a gente vem entregando, vem trabalhando de forma muito clara sempre, eu gosto de informar muito as pessoas de como a gente está trabalhando. Começaram a vir algumas especulações, as pessoas falavam que o Delegado Egídio devia ser candidato, enfim. Em princípio fui seguindo o mandato, até que o governador me chama e diz, olha, realmente para Blumenau eu preciso de ti, a gente tem um planejamento para o estado, Blumenau é muito importante para Santa Catarina e preciso de ti. Daí a gente começou a conversar nesse sentido, por eu ser daqui, nascido, criado, minha esposa, meus filhos, enfim, toda a minha família daqui, a gente tem um carinho muito grande, conhece bem a cidade, trabalhei como delegado a maior parte da minha carreira aqui também. E aí, nesse sentido, eu aceitei o desafio e pra gente, a missão dada é a missão cumprida. Então, quando aceito o desafio, a gente começa a trabalhar, posso dizer a partir de fevereiro mais ou menos desse ano trabalhar para construir uma candidatura, vem todas aquelas articulações, conversas, enfim, até que fechou com a Maria Regina. Maria Regina é a atual vice-prefeita. E aí o que aconteceu até de forma estratégica, mas também pessoal, a estratégia é que a gente fazia levantamentos, pesquisas internas nossas e num primeiro momento eu e a Maria empatados, aí eu começo a despontar para primeiro lugar já, mas ela em segundo. Então, de forma estratégica, juntando as forças, unindo e de forma pessoal, porque depois que comecei a conhecer melhor, saber dos seus princípios, dos seus valores, de família, uma mulher muito família, e a gente viu, poxa, um perfil muito parecido com o nosso, vai defender aquilo que a gente já defende e tal, aí deu tudo certo. Então, a gente começa a fechar com ela, aí depois vem a fase das convenções, onde a gente homologa a candidatura com ela, e depois com as coligações. Então, parece assim um caminho inverso, porque muita gente depois de prefeito é que vai pra deputado, até talvez seja o caminho do prefeito Mário, que era vereador, presidente da Câmara, vice-prefeito, aí assumiu como prefeito, foi reeleito e agora tem aí, daqui dois anos, as eleições para deputado. E também não quer dizer que lá na frente, dependendo de tudo como acontecer daqui quatro anos, daqui oito anos, enfim, a gente também não volte para a Assembleia Legislativa ou vá para a Câmara Federal, isso tudo tá muito cedo ainda, na minha vida está acontecendo tudo tão rápido, em dois anos eu sou eleito deputado e depois prefeito de Blumenau, mas nesse caminho o que me trouxe mesmo a disputar aqui em Blumenau é o carinho e o amor que tenho pela cidade, para cuidar da cidade, para governar a cidade e até como você falou, lá no legislativo a gente consegue fazer bastante coisa, fiscalizando, um papel importante do legislador é fiscalização, além de propor as leis e buscando recursos para a sua região, enfim. Mas no executivo a gente entrega para a população, então tu consegues imprimir o teu DNA, o teu jeito, então eu falo muito de segurança, de tornar Blumenau a cidade mais segura do Brasil, é possível. Então a gente vai criar uma guarda municipal, a gente vai trabalhar muito com inteligência, fazer muito o que o Brusque já faz com o sistema de monitoramento com câmeras. Enfim, esse é o meu jeito, a minha forma de deixar a cidade organizada, segura, para que venham mais investimentos, para que a gente possa cuidar melhor das pessoas.

Olhar do Vale: O senhor ganhou com uma ampla coligação de partidos e também com o apoio do prefeito Mário. O prefeito Mário, vai ter alguma participação no seu governo?

Egídio Ferrari: Ele deve trabalhar no governo do estado, mas com certeza vai ser um cara consultivo, alguém que, principalmente no início de governo a gente deva ter ainda bastante contato, porque imagina todos os projetos, obras que se iniciaram, estão iniciando e depois a gente vai concluir. Tenho muita tranquilidade, porque com essa proximidade que a gente tem, vai ser muito fácil pegar o telefone, às vezes, perguntar alguma coisa, tirar uma dúvida. Nesse sentido, ele vai estar presente, sim, é importante.

Olhar do Vale: Antes da gente entrar sobre algumas questões específicas da gestão, gostaria de saber ainda sobre a Assembleia, no seguinte sentido: vai assumir o seu suplente e alguns projetos, algumas situações ficam interrompidas com esse mandato. Vai haver algum tipo de colaboração ou, a partir do ano que vem, o seu suplente vai ter a total autonomia para fazer um trabalho diferente daquele que o senhor vinha fazendo, por exemplo?

Egídio Ferrari: Tem sim. Quando eu tomei a decisão do me candidatar, de ser candidato esse ano, eu sentei com o Júlio Cardoso, recebi ele no meu gabinete lá em Florianópolis, e disse para ele dessa possibilidade, por óbvio, ficou muito feliz, ele é atual vice-prefeito lá [de Camboriú], e aí termina a gestão 31 de dezembro e 1ª de janeiro eu já assumo aqui, ele pode assumir lá. E tive o compromisso de pedir pra ele, olha só, tem projetos em andamento, tem um projeto, por exemplo, do nosso Cadeia para Maus Tratos, que tem gente no estado percorrendo, auxiliando, ajudando as ONGs, protetores, enfim, e ele se comprometeu a tocar, a continuar no papel de deputado tudo o que precisar, a votar favoravelmente as nossas pautas também nesse sentido e se for o caso de propor alguma lei específica também posso apresentar para ele. Então a gente teve uma conversa muito legal, muito tranquila sim e não vejo prejuízo nesse lado. Muito importante também é que ele, apesar de não ser aqui de Blumenau, mas ele vem para integrar a bancada do Vale do Itajaí, que a gente faz parte, então a bancada não perde, e hoje nós temos na Assembleia um trabalho de bancada muito forte, nós somos 9 deputados se não me engano. E pautas regionais a gente trabalha, então seria talvez um pouco prejudicial se ele fosse do oeste, enfim, de outra região muito mais distante. Então, sendo aqui do lado de Camboriú, ele integra a pancada eu saio, então a gente vai ter muito contato, bastante proximidade para continuar todos os projetos que a gente tem, essa afinidade como a segurança pública, a causa animal e tantas outras aí, mas mais específico nisso também, vai ser alguém da base do governo também, como a gente faz parte hoje, então não vejo problema nesse sentido, acho que vai ser tranquilo.

Olhar do Vale: O senhor tem falado muito em enxugar secretarias, o senhor já sabe quais secretarias vão deixar de existir?

Egídio Ferrari: Eu tenho uma ideia, mas até eu bater o martelo eu não vou divulgar essa ideia, porque justamente apenas está nisso. E como a gente começou a transição agora, na última sexta-feira, o que acontece, até para as pessoas entenderem, o que é uma transição? Eu coloco pessoas do meu gabinete, da minha equipe, junto com a equipe da prefeitura, e como a prefeitura está com a gente, a própria Maria Regina vai coordenar lá dentro esse trabalho. E aí a gente começa a pegar informações e levantamento de dados de todas as área da prefeitura, aí com isso a gente vai ver aqui, poxa, isso aqui eu acho que dá pra juntar, isso aqui dá pra extinguir, enfim, eu tenho um compromisso de não aumentar a máquina pública, não é uma promessa de campanha enxugar, mas eu vejo que dá, vejo que dá em uma ou outra área, quero ter essa certeza pra fazer isso. E aí a eventual reforma administrativa, eu falei inclusive eu eu tenho até uma intenção de ter uma secretaria de segurança pública, para ter a guarda municipal armada, enfim. Não no primeiro momento, mas se eu tiver a secretaria, não vai ser uma nova secretaria, mas sim resultado da junção com alguma outra, enfim, nesse sentido. Então, o nome agora não tenho para apresentar, mas devo fazer isso, a gente vai estudar a partir da análise agora da transição.

Olhar do Vale: Prioridade vai ser para cargos técnicos?

Egídio Ferrari: Com toda certeza. Não vejo problema nenhum em lideranças políticas me sugerirem nomes, que até já aconteceu, um ou outro vem poxa tenho esse nome aqui para tal área e minha resposta é me da o currículo, me dá o currículo da pessoa que em um primeiro momento a gente vai analisar, se for alguém realmente com uma qualificação nesse sentido, aí a gente vai conversar, vai entrevistar, afinal de contas vai ter que ser da minha confiança, pessoa que está ali trabalhando, porque a gente vai entregar o serviço público para a população, então eu não abro mão de ter alguém técnico com conhecimento em cada pasta.

Olhar do Vale: Bom, quando as pessoas votam em um delegado, talvez elas estejam também pensando em ter mais segurança. É uma responsabilidade grande, porque a gente sabe que o município é grande e que nem sempre a administração municipal consegue ter braço para atender tudo que precisa. E aí o senhor se coloca numa situação de uma sinuca de bico, como ter a habilidade de lidar com as críticas caso elas venham nesse sentido?

Egídio Ferrari: Olha, mais criticado do que eu fui, como um policial … por mais que a gente faça de tudo, nunca parece que tá bom, os índices são os melhores e ainda a polícia não tá fazendo direito, enfim. Então, com críticas eu sei lidar tranquilamente, quando eu consigo comprovar que a gente tá fazendo aquilo que dá pra fazer, aquilo que é necessário e importante. Então, dentro desse planejamento de segurança, o que eu vejo, repetindo antes, é uma guarda municipal armada, e muita tecnologia pra gente começar. E, nesse sentido, apoiando o que a gente conseguir, as polícias, as forças de segurança nossas. Ah, mas de que forma apoiando? Daqui a pouco, já se ventilou aqui em Blumenau um terreno para construção de um complexo policial, nunca saiu do papel, talvez comigo saia, nesse sentido. Não projetos antigos, eu digo novos projetos, então é apoiar. E a gente, quando eu digo a gente da polícia, sempre foi difícil, pouca estrutura, prédios ruins, efetivo baixo, e Santa Catarina é o estado mais seguro do país, e a nossa região, as cidades de Brusque, Blumenau, enfim, toda a região, são as mais seguras do estado. A gente já sabe mais ou menos o que fazer porque já se faz muito com pouco, então eu entendo que a gente fazendo um pouquinho mais, dando essa tranquilidade, daqui a pouco o município fazendo a aquisição de viaturas, entregando para as forças policiais, trabalhando com os empresários, enfim, algum tipo de convênio para repasse também de recursos mensais, tudo isso eu vejo que esse conjunto de fatores a gente vai conseguir melhorar ainda mais a nossa cidade.

Olhar do Vale: Uma questão que ela está amornada e isso não quer dizer que não exista a preocupação, mas não se fala tanto, que é a questão da segurança nas creches. Nós tivemos aqui aquele caso em Blumenau e naquele momento os olhares se voltaram para isso e agora a situação meio que esfriou. Mas o senhor pretende fazer alguma coisa, principalmente nessa área que envolve a educação e a segurança?

Egídio Ferrari: Sim. Primeiro que Blumenau, assim que aconteceu, logo em seguida o prefeito Mário colocou vigilância armada em todas as unidades. Isso vai continuar, a gente não pode tirar assim, a gente precisa entender, mas veja que quebra de paradigmas, conversando com profissionais da área da educação. A ideia sempre era baixar os muros das escolas, das creches, para trazer a comunidade para dentro, hoje a gente está fazendo o contrário, está levantando muros, colocando grades, enfim, daqui a pouco querem porta giratória com detector de metais, para entrar num estabelecimento de ensino. Tem projetos na Assembleia, inclusive nesse sentido. Então só que é porque isso tudo vem imediatamente após aquele grande crime bárbaro que aconteceu, que chocou todo o Brasil, não só a nossa cidade de Blumenau. E eu estive lá, fui um dos primeiros a chegar no local. Mas aqui em Blumenau, manter a vigilância armada e tomar outras atitudes. Eu já conheci unidades de ensino que já tem uma boa segurança e já conheci outras que tem uma certa deficiência e já mapeei para de início fazer alguma coisa, melhorar, tem até a vigilância armada lá dentro, por exemplo, mas daqui a pouco, um muro baixo, um acesso mais fácil, a gente tem que prevenir isso aí e isso faz parte com certeza, eu como pai preciso ter tranquilidade com meus filhos na escola, a escola precisa ser o local mais seguro. E quando aconteceu aquele evento eu lembro de uma repercussão grande que deu em todas as escolas aqui do município, eu liguei para a minha esposa e falei não tem absolutamente nada aqui, eu estou aqui dentro da investigação, não tem nada que pode ser um ataque coordenado em outros lugares, mas faz o seguinte, pra eu ficar tranquilo, vai lá e busca as crianças. Então liguei para minha esposa, ela foi para a escola, pegou as crianças e levou pra casa, porque é o que eu digo, é a tranquilidade, a sensação de segurança, isso é muito importante, então a gente vai manter esses programas que tem dado certo aqui em Blumenau.

Olhar do Vale: Outro problema que a gente viu foi em relação a água aqui no município, o senhor pretende tomar que tipo de atitude quando assumir?

Egídio Ferrari: Vou coordenar pessoalmente isso, entrar de cabeça nesse assunto, já tenho conversado com alguns técnicos, tem gente muito boa dentro do SAMAE, que é nossa autarquia municipal, que faz um excelente trabalho mas em algum momento algo não foi feito porque está faltando água em alguns pontos da cidade. Então, entender exatamente o que é isso e colocar em prática as ações que precisam ser feitas. Colocando alguém para coordenar, para dirigir a unidade também com qualificação, com conhecimento, quem sabe vindo até de dentro do próprio SAMAE, que conhece e está lá dentro, um técnico, mas com ligação primeiro muito interligado com outras secretarias, porque daqui a pouco precisa de uma licitação, chama o secretário de obras, precisa de para ver os contratos, chama o secretário de administração, então vai ser uma força tarefa. Se precisar vou fazer uma força tarefa dentro do SAMAE, com todos os profissionais nossos envolvidos, primeiro escalão, dentro do SAMAE, comigo coordenando pessoalmente esse tema tão sensível que pegou muito por óbvio na campanha, mas a gente sabe, a minha família foi atingida com falta de água e isso não é normal. Podem acontecer alguns problemas técnicos sim, como estão acontecendo agora por ocasião da obra de duplicação da BR-470, eu trouxe um dado na campanha que em apenas 30 dias, 47 interrupções no fornecimento de água da região norte da cidade por conta das obras. Então, mas rapidamente esse sistema tem sido consertado para voltar, mas por exemplo, nós não temos grandes reservatórios naquelas regiões e outras, faltam reservatórios, então, de imediato a gente já consegue construir, colocar esses grandes reservatórios, porque se a água não consegue chegar lá na casa, do reservatório pelo menos ela vem pelo outro lado, então vão ser ações concretas que eu vou coordenar pessoalmente.

Olhar do Vale: Bom, iniciando a sua gestão, as primeiras atitudes, tem alguma coisa que o senhor quer meter o dedo na ferida, que tem algo para resolver de forma urgente, como que o senhor vê essa questão?

Egídio Ferrari: A expressão dedo na ferida a gente pode usar pro SAMAE, aquilo ali é urgente, outra questão o transporte público também, que demanda um pouco mais análise, principalmente jurídica, por conta do contrato vigente, contrato de 2016 se não me engano, que foi firmado com a empresa e depois da pandemia aconteceu um desequilíbrio financeiro e isso precisa ser consertado. Até hoje pela manhã, dei uma entrevista na rádio e perguntaram se têm interesse da empresa, têm interesse da prefeitura e não, têm interesse da população, isso é o que tem que prevalecer. É claro que a empresa não vem aqui para fazer filantropia, são empresários, investidores, e eles precisam ter o retorno do seu investimento, mas se o contrato precisa ser mexido, ele vai ser revisto esse contrato, porque existe ali não só o desequilíbrio financeiro mas o desequilíbrio na prestação de serviços, porque antes a população tinha um determinado número de linha de ônibus e hoje não tem mais. Então, também de imediato, vai ser algo que a gente vai, agora com a transição vão vir as informações necessárias para no início do ano a gente fazer isso. E aí, no início do ano, como diminui o número de usuários por conta das férias, mas logo em seguida tem o início do ano letivo, então volta tudo aquilo e eu já quero ver se conseguimos tomar algumas ações de aumentar as linhas de ônibus, melhorar antes desse ano letivo.

Olhar do Vale: O que seria o mundo ideal do transporte coletivo em Blumenau?

Egídio Ferrari: Primeiro tem que ter qualidade e números de ônibus disponíveis, então as pessoas hoje selecionam, se não pegam o ônibus cedo pegam três horas depois, às vezes passa duas, três vezes por dia uma linha em determinado bairro, e quando passa, por ficar tanto tempo assim aí vem cheio, as pessoas não tem o mínimo de qualidade. O sistema precisa ser atrativo, então quem é que vai deixar às vezes se tem um transporte já, uma moto, o veículo, ou até mesmo acaba gastando mais com motorista de aplicativo, o sistema precisa ser atrativo, a pessoa de preferência ir sentada, no horário correto, não atrasar, com uma tarifa também que seja acessível para as pessoas. Então meu grande compromisso é isso, fazer toda essa revisão, sem aumentar a tarifa. Eu tenho algumas propostas já para colocar em prática que são parcerias público-privadas, exploração de abrigo de ônibus, os pontos do terminal, dos terminais de ônibus, exploração comercial, fazer concessões para empresas, ali dentro pode ter restaurante, pode ter lanchonete, pode ter lojas, fazer um grande centro ali, porque passam milhares de pessoas por dia, isso vai melhorar o investimento, a qualidade para as pessoas e também a gente não mexe na tarifa. Porque aí começa a entrar um recurso para o cofre da prefeitura que hoje a prefeitura só gasta com a manutenção desses espaços, por exemplo, então isso aí de imediato a gente já vai começar.

Olhar do Vale: Cogita-se abrir concorrência, interromper o contrato com a empresa ou é mais fácil hoje acertar as arestas com a empresa que está?

Egídio Ferrari: Seria mais fácil acertar, com toda certeza, porque já estão aí em andamento. Mas, olha, se for possível a gente vai mexer no que precisar. Minha opinião, só que nós temos impedimento da legislação federal. Livre concorrência. Quem tem uma empresa quer vir aqui, vai fazer um contato com o município, com o governo, enfim, e poder explorar e a pessoa escolher. Exemplo, em alguns lugares existe um Uber ônibus já, então é uma concorrência que pega quem quer, quem conhece o serviço e for mais atrativo que outro, mas no Brasil não existe isso. No Brasil essas concessões demoradas, ruins e tal, tudo é difícil. Lá em São Paulo, há pouco tempo foram cumpridos mandados de busca e de prisões que o PCC estava dominando a concessão de ônibus, de transporte coletivo urbano. Imagina que absurdo a organização criminosa sendo dona, isso está acontecendo no Brasil. Porque é um sistema feito para não funcionar, fechado, mas, como eu digo, hoje não daria para dizer, vou abrir para outra empresa entrar porque nós temos um contrato firmado e existe a segurança jurídica, mas se esse contrato não estiver sendo cumprido, por isso ele pode ser revisto.

Olhar do Vale: Em relação ao seu primeiro escalão, os nomes já estão mapeados, eu sei que o senhor já divulgou alguns nomes, foi soltando alguns nomes na mídia, mas já está completamente mapeado?

Egídio Ferrari: Não, está longe disso, inclusive. Eu não tenho pressa nenhuma em sair divulgando, nós temos aí um pouco mais de dois meses para trabalhar. E, como eu falei: o principal que vai me dar essa base também são as informações dessa transição. Então, olha, isso aqui está mais sensível, vou precisar de um perfil mais firme, o outro está mais tranquilo, enfim. Então, os nomes eu tenho conversado com algumas pessoas, tenho recebido sugestões, como disse, jogo aberto, não há problema nenhum receber uma indicação, uma sugestão, mas tudo isso vai passar pela nossa análise.

Olhar do Vale: Bom, em relação à Câmara de Vereadores, a situação está bem tranquila, já que a sua coligação fez a maioria dos parlamentares?

Egídio Ferrari: Então o que eu acho é que a Câmara precisa ser independente, como é por lei, mas na prática também. Mas claro que, temos ali, da nossa coligação, foram nove vereadores eleitos, entre 15 aqui de Blumenau, então a gente tem conversado com a maioria deles, espero que cheguem a um consenso, para que a gente tenha ali uma mesa que é importante e que tem esse alinhamento, claro, com o governo municipal para que a gente possa pautar os projetos de interesse da sociedade. Mas como também eu tenho muito tranquilo isso, acabei de falar, os projetos de interesse público da comunidade, independente de quem estiver lá, eu tenho certeza que bem explicado e bem analisado por eles, aquilo que for bom para a cidade vai passar.

Olhar do Vale: O que a comunidade pode esperar do perfil do prefeito Egídio Ferrari?

Egídio Ferrari: Principalmente muito comprometimento, como eu sempre fiz por onde passei. Então quando passei por Curitibanos como delegado, antes inclusive fui serventuário aqui da Justiça, mas principalmente na Polícia que a gente vai tendo mais destaque e todas as cidades, depois Gaspar, aqui em Blumenau, Blumenau cheguei a ser delegado regional por um período, então sempre me destaquei pelo trabalho e não por conhecer. Veja que, filiado a partido político eu fui somente em 2202, para concorrer ao mandato, para procurar um cargo eletivo, então nunca tive proximidade política para conseguir algum cargo ou alguma função. O que eu tenho muito forte que as pessoas vão olhar pra mim e falar “Pô, esse nosso prefeito trabalha”, ele gosta da cidade, ele ama a cidade, ele tem comprometimento, ele vai estar a frente e estarei a frente de todas as ações mais importante, por óbvio que eu sou também descentralizado muito porque eu preciso do colegiado, como quero pessoas qualificadas pra que isso ande e não fique represado muitas vezes na minha pessoa, mas quero participar ativamente. Então esse comprometimento em fazer melhor pela nossa cidade eu cada vez mais terei

Olhar do Vale: Então o senhor quer ser reconhecido no final do mandato como o prefeito que trabalhou pela cidade?

Egídio Ferrari: Sim, que trabalhou com afinco, com amor e com dedicação a Blumenau.

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