“É uma vergonha para a classe política”, critica Marlina sobre operação do Gaeco em Brusque

Vereadora Marlina Oliveira Schiessl (PT), em pronunciamento na tribuna. Foto: Talita Garcia/Imprensa Câmara Brusque.

Durante a sessão ordinária desta quinta-feira, 9 de setembro, a vereadora Marlina Oliveira Schiessl (PT) afirmou que a notícia a respeito da operação de buscas e apreensões realizada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) em casas de políticos de Brusque “é uma vergonha para a classe política, algo que precisa ser repercutido e trazido à consciência da população”. A ação do Gaeco é um desdobramento da investigação sobre um suposto esquema de “rachadinhas” no âmbito da Prefeitura.
“Não podemos agir com inércia, de maneira vagarosa. Temos que nos apropriar do que tem acontecido em torno desse esquema de ‘rachadinha’ e cobrar posicionamento firme do Poder Executivo, afinal, nós temos apontamentos que fazem com que, minimamente, o caso seja apurado com mais firmeza e as pessoas em suspeição sejam afastadas de seus cargos”, opinou a parlamentar. “Da mesma forma, chamo a atenção para essa questão no Poder Legislativo. Por muito menos, já abrimos CPIs [comissões parlamentares de inquérito] nesta casa”, emendou.

Privatização do tratamento de água e esgoto
Num segundo momento, Marlina falou sobre a anunciada possibilidade de privatização dos serviços prestados pelo Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto (Samae) na cidade, além dos serviços de tratamento de esgoto, a serem implementados futuramente. Ela lembrou que, só neste ano, a Câmara aprovou remanejamentos orçamentários de cerca de R$ 40 milhões para a autarquia. “É uma empresa que tem preocupação com a questão tecnológica, com o aperfeiçoamento, que nos apresentou resultados positivos”, disse Marlina, defendendo, depois, que o Samae não seja entregue a “aventureiros” da iniciativa privada.
Em aparte, Nik Angelo Imhof (MDB) observou que muitos municípios cogitam privatizar o tratamento e a distribuição de água a fim de viabilizar o tratamento de esgoto. “Não está nada definido e [o prefeito] se preocupa bastante, porque realmente o Samae funciona perfeitamente, mas nenhuma empresa tem interesse em executar o esgoto de Brusque porque vivemos num vale, com morros, e isso acaba inviabilizando financeiramente a implantação. A alternativa seria compatibilizar os dois [serviços] ou, talvez, conseguir empresas de Brusque que consigam viabilizar o esgoto sem receber o sistema de água”, explicou.

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