Cinco motivos que credenciam o Chapolin de Brusque ao título de cidadão honorário

Foto: Arquivo pessoal.

Gilmar Farias, 48 anos, morador do bairro Paquetá. Se nós começarmos a matéria assim, talvez você não saiba de quem se trata até ler todo o texto, mas se ao invés de começarmos o texto com: O Chapolin Colorado de Brusque, de 48 anos, talvez você saiba quem é.

Sempre alegre, Chapolin trabalhou em diversos locais em Brusque. Foi de tudo: de entregador de panfletos a motoboy. Nascido em 1972 na cidade de Presidente Nereu, ajudava os pais na roça. Sem muito tempo para brincar.

Chegou em Brusque em 1987, aos 15 anos. Ele conta que o apelido surgiu na década de 90: ” Eu saia para ajudar ajudar os lojistas e sacoleiros e aí um guia falou que iria me dar uma apelido e deu de Chapolin, dai uma mulher fez um boné com anteninha e uma outra moça me deu uma camisa do herói. Eu fazia as entregas fantasiado andando de bicicleta que ganhei de uma loja no Natal e assim foi e até hoje. Eu amo vestir a roupa e sair assim de Chapolin ver as pessoas dando sorriso e batendo foto comigo”, conta Gilmar.

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Por esse trabalho social, o Olhar do Vale entende que os vereadores brusquenses deveriam homenageá-lo com o título de cidadão honorário da cidade, honraria que é dada a pessoas que não nascem na cidade, mas tem um papel importante na sociedade. E pode acreditar, ele merece. Por isso, listamos mais cinco motivos que tornam a honraria mais que merecida ao nosso Chapolin Colorado. Confira:

1 – Ele não nasceu em Brusque, mas mora aqui

Primordial para receber essa condecoração da Câmara Municipal de Brusque é não ter nascido na cidade, mas morar aqui e esse primeiro requisito o nosso Chapolin já tem: Ele nasceu em Presidente Nereu, cidade que fica a cerca de 79 km de Brusque, em outubro de 1972 e mora em Brusque desde 1987.

2 – Representa o povão

Se a Câmara Municipal é a casa do povo, nada mais justo do que condecorar uma pessoa do povão. Chapolin é uma pessoa de trajetória humilde. Ainda criança, vendia picolé, vendia perfume, depois trabalhou em supermercado e também em limpeza de ônibus. Na década de 90 foi presenteado com uma bicicleta e passou a fazer trabalho de office boy no auge da Rua Azambuja. Chapolin não tem títulos acadêmicos ou é um grande empresário, mas é o retrato do brusquense que batalha sol a sol em busca de melhores condições de vida.

3 -Transforma a sociedade

Com sua fantasia, o chapolin colorado de Brusque já fez voluntariado e trouxe a alegria de diversas crianças ao ajudar uma amiga a trazer presentes no dia das crianças e no Natal no bairro Limeira.

4 – Apesar das dificuldades, sempre procura trazer uma mensagem de otimismo

Em 2015 ele se acidentou de moto e teve que colocar platina na perna. Ele teve rejeição do organismo e passou por diversas cirurgias. Foram tempos difíceis, segundo ele, já que tinha que fazer vários exames e curativos. os curativos no início eram feitos no posto de saúde mas era muito difícil para mim ir até lá todos os dias então com ajuda de amigos começou a pagar uma enfermeira particular mas não conseguiu continuar por causa do custo. Então, a cunhada aprendeu a fazer o curativo e fazia todos os dias com material que a gente pegava no postinho. Ele relata que não foi fácil mas nunca desistiu apesar de ter ouvido de médicos especialistas que a melhor solução seria amputar a perna. Mesmo assim, o bom humor de Chapolin e o alto astral mostram sua persistência na luta pela vida.

5- É brusquense de coração

Não é só o coração estampado na sua fantasia que o faz te amor por Brusque. Ele, mostra que é brusquense em todas as suas atitudes. Sempre bem humorado, mostra que, mesmo com todas as dificuldades da sua vida, ele está com o sorriso estampado no rosto trazendo alegria para quem passa por ele.

Por todos esses motivos, é mais que merecedor que Gilmar Farias, o Chapolin Colorado, mereça o título de Cidadão Honorário de Brusque.

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Jornalista graduado pela Univali em 2003 e pós-graduado em Gestão Estratégia Empresarial (ICPG) e Marketing (Univali). Passou por diversos veículos de comunicação da cidade, principalmente rádio. Desde 2011 atua também com treinamentos na área de oratória. Já treinou políticos, empreendedores, profissionais liberais e pessoas que tinham interesse em dar entrevista na mídia. Em 2014 fundou o Olhar do Vale, portal de notícias de credibilidade na cidade.