Baixa Produtividade, Inflação, Brasil. Um trinômio que dá certo!


Estamos vivendo momentos preocupantes no tocante a produtividade. Recentemente a revista Exame publicou uma reportagem forte sobre a produtividade brasileira. Comparando-a com a americana nos informa que, para produzir o mesmo que um trabalhador norte-americano, precisaríamos de cinco trabalhadores brasileiro. A pergunta que se faz necessária, neste contexto, é: Se temos uma produtividade tão baixa por que o custo da mão de obra é tão caro?

Como vivemos um momento que a imprensa está chamando de apagão de mão de obra, para conseguir os trabalhadores necessários à produção o empresário se sujeita a pagar acima do que este indivíduo produz visando manter o posto de trabalho ocupado. Logo, se pago mais caro pelo trabalho sem a devida correspondência em produtividade, esta é uma fonte geradora de inflação. Isto vale para a atividade profissional, como para os serviços supridos pelo estado. As razões da nossa baixa produtividade são muitas e todas elas autoexplicativas. Vamos a elas: Falta de Renovação (parque fabril caminhando para a obsolescência, empresários com visão paternalista e que não querem se expor à competição), Baixa utilização dos ativos (tente montar uma operação de trabalho aos sábados e domingos), Porte reduzido (micros e pequenas empresas atuando de forma, absolutamente, amadora), Planejamento deficiente (gestores mal preparados e sem interesse em se tornarem competitivos), Infraestrutura precária (sem comentários), feriados (e seus enforcamentos), má qualidade da mão de obra (baixo nível de escolarização e falta de vontade).

Ontem, em reportagem jornalística, foi abordada a crise por que passa a indústria têxtil brasileira. Indústria das mais tradicionais e que hoje vive dias muito difíceis. A competição predatória da China aliada ao custo Brasil provocam um clima de desemprego, perda de competitividade e fechamento de fábricas. Interessante a expressão de um empresário, que após encerrar as atividades de sua empresa e demitir 180 empregados, partiu para o ramo imobiliário e disse: “ainda bem que os chineses não tem terrenos para vender aqui”!

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Quando o governo deixará de adotar medidas paliativas para, efetivamente, atacar a causas que geram o custo Brasil? As medidas até então adotadas, só têm feito empobrecer os municípios pela diminuição dos valores repassados através do FPM (Fundo de participação dos Municípios). Quando o Estado brasileiro deixará de ser consumidor dos recursos, que deveriam ser direcionados à melhoria das condições nas áreas de infraestrutura, saúde e Educação?

O peso do Estado na economia pode ser traduzido na frase do brilhante professor Eduardo Gianetti da Fonseca – “O Estado brasileiro não cabe no PIB brasileiro”. Será que o “novo” governo está atento e preocupado em atacar as causas que emperram nossa economia? Vamos dar um voto de confiança e acreditar que sim. Caso contrário…teremos mais do mesmo.

 

 

 

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