Alerta: Polícia militar faz palestra nas escolas sobre riscos do cigarro eletrônico


O 1° Sargento da Polícia Militar de Brusque, Edson Sidney Gielow esteve na Escola Ayres Gevaerd no bairro Volta Grande alertando aos alunos dos perigos do uso do cigarro eletrônico, conhecido como “vape”.

Gielow faz parte da Rede de Segurança Escolar, um programa institucional da Polícia Militar, que tem por escopo desenvolver ações policiais militares junto à comunidade escolar, prestando serviços de apoio e de consultoria de segurança escolar, de assessoramento e atendimento com base em aspectos estruturais e não estruturais das Unidades de Ensino.

Segundo o 1º sargento, o trabalho de orientação ocorre em várias escolas no município, com diversos temas. No último ano foram mais de 60 palestras sobre o uso de drogas. Ele também faz parte do Programa Estudante Cidadão.

Foto: Divulgação
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Neste ano, o aumento do uso de cigarro eletrônico entre os jovens foi o motivo da escolha do tema.

Em uma pesquisa realizada com um grupo de estudantes, foi perguntado a eles o que os levou ou leva a fazer uso do cigarro eletrônico, 20,5%, respondeu que o uso foi para “experimentar/curiosidade”. Já 11,6% admitiram que é “porque está na moda”, e somente 11,4% disse consumi-los “porque gosta”. Outros 7,5% afirmaram ter feito o uso “para acompanhar amigos ou familiares”, e 6,8% “pelos sabores”.

Riscos do cigarro eletrônico

Os cigarros eletrônicos são considerados Dispositivos Eletrônicos para Fumar (DEF), que funcionam à base de uma bateria que aquece uma solução líquida, produzindo um aerossol que é inalado pelo usuário. Essa solução é composta principalmente por nicotina, propilinoglicol ou glicerol e aditivos de sabor. A depender da solução líquida, essas substâncias podem variar. Segundo o Minstério da Saúde, estes produtos possuem também substâncias cancerígenas e com potencial explosivo, metais pesados, além de produtos utilizados na indústria alimentícia.

Os cigarros eletrônicos são derivados do tabaco e são nocivos à saúde, diferentemente do que é pensado por grande parte dos usuários desses produtos. A grande diferença está na apresentação, já que os dispositivos eletrônicos para fumar apresentam sabores e aromas agradáveis, entrando aqui a diferença entre a fumaça e o vapor. Ambas as características acabam passando a ideia de que o produto é inofensivo, mas a realidade esconde diversos riscos para a saúde.

A nicotina, princípio ativo do tabaco e que está presente em grande parte das soluções utilizadas nos DEFs, é caracterizada como uma droga psicoativa que pode causar dependência e apresentar danos pulmonares. A Organização Mundial de Saúde (OMS) salienta que todas as formas de tabaco são prejudiciais e não existe um nível seguro de exposição.

Além disso, estudos vêm demonstrando que o uso do cigarro eletrônico aumenta em três vezes o risco de experimentação do cigarro convencional, além do aumento de quatro vezes para o risco de iniciação do comportamento de fumar, especialmente entre a população jovem. Isso sem falar que a comercialização, importação e propaganda de todos os tipos de dispositivos eletrônicos para fumar, incluindo cigarros eletrônicos, são proibidas no Brasil de acordo com a Resolução Colegiada da Anvisa (RDC) nº 46, de 28 de agosto de 2009.

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