Sem tréguas, Prudêncio afirmou que novos capítulos virão

Foto: divulgação -

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Brusque – O jogo pelo poder em Brusque deve continuar. Essa é a fatídica realidade que o povo brusquense não quer ouvir, mas que inevitavelmente transcorrerá até o fim de 2016. Em entrevista coletiva agendada e realizada na tarde desta segunda-feira, 13 de junho, Roberto Pedro Prudêncio Neto (PSD), agora de novo na função de Presidente da Câmara de Vereadores, deixou bem claro que não pretende deixar barato a derrota na eleição indireta para a chapa de Bóca Cunha e Rolf Kaestner, ambos do Partido Progressista. A máxima mantida por ele e por seus correligionários é que a candidatura pepista foi ilegal.

Durante a fala para a imprensa, Prudêncio fez uma recapitulação dos acontecimentos, desde o momento em que houve a cassação de Paulo Roberto Eccel (PT) e Evandro de Farias (PP), o Farinha, até a realização da eleição na Câmara. Apesar de admitir que o momento é de transtorno para toda a população com a indefinição política, Neto disse que Bóca e Rolf não poderiam ter se candidatado, já que o Tribunal Regional Eleitoral de Santa Catarina (TRE SC) determinou a continuação do pleito e, não, uma nova inscrição de chapas eleitorais, o que acabou sendo deferido pela Câmara. Vale relembrar que a chapa progressista, em 2015, acabou desistindo de concorrer, com o cenário de eminente derrota. Ela era formada por Ingo Fischer e Juares Piva.

“Não tinha mais prazo para substituição. Não tinha mais prazo para nova indicação. Não tinha mais prazo para nova candidatura. Simplesmente do dia 29 para o dia 30 era a eleição. A Justiça Eleitoral determinou que voltasse aonde tinha sido parado. Não foi isso o que ocorreu. A mesa diretora, por 2 votos a 1, inovou e nós acreditamos que isso causou uma fraude eleitoral e abriu prazo para inscrição de uma nova chapa. Esse é o fundamento de toda a base legal e jurídica. Nós acreditamos que desde a inscrição da chapa 1, diplomação e tudo o mais, é ilegal”, sustentou.

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A fatídica sexta-feira

Roberto também comentou o episódio em que voltou para a Prefeitura, na última sexta-feira, após decisão da Justiça Comum em primeira Instância, proferida pela magistrada Iolanda Volkmann. “Tivemos muita dificuldade. Dentro do gabinete havia seguranças armados que não nos deixaram entrar. Foi chamado reforço policial e foi uma hora e meia até que pudemos assumir. Não foi invasão. Eu não poderia descumprir uma determinação judicial. Ordem judicial se cumpre. E eu cumpri, assumindo na sexta-feira e dando uma coletiva na sexta-feira”, reiterou.

Até quando a briga?

Apesar de afirmar que também está sofrendo com o cenário político indefinido em Brusque, Roberto Pedro Prudêncio Neto admitiu que ainda virão novos capítulos na novela. “Como está, acreditamos que não vai ficar. Vão ter novas decisões e acredito que será a definitiva. Depois disso, nós queremos de uma forma tranquila continuar tocando a cidade de Brusque, ou aqui na Presidência da Câmara ou na Prefeitura, mas pensando em Brusque”.

Fugindo de alguma possível responsabilidade, o vereador disse que não foi ele quem causou todo o transtorno. “Eu estou cumprindo com minha parte. Cumpri decisão judicial lá atrás, cumpri agora na sexta-feira e estou aqui como Presidente da Câmara, de direito e de fato, pois, fui eleito pra isso”.

por Wilson Schmidt Junior

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