Acidentes e doenças do trabalho: Grupo de Brusque participa de ato estadual


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Foto: divulgação –

Um grupo de trabalhadores de Brusque participou na manhã desta terça-feira, 28, da 12ª edição do Movida (Movimento em Defesa da Vida, Saúde e Segurança da Classe Trabalhadora). O evento aconteceu na cidade de Chapecó, no Oeste catarinense, e marca a passagem do Dia Internacional em memória das Vítimas de Doenças e Acidentes de Trabalho, comemorado nesta data.

Durante cerca de duas horas, mais de 1,5 pessoas participaram do ato, empunhando cartazes e faixas em referência ao tema. Elas se deslocaram de várias partes de Santa Catarina, bem como de regiões do estado do Paraná. Uma passeata percorreu as principais ruas no Centro da cidade, chamando atenção da população para os índices de acidentes, doenças e mortes causadas pelo trabalho, bem como o posicionamento contrário à PEC 4.330, que foi aprovada recentemente pela Câmara dos Deputados e trata da terceirização de atividades no Brasil.

Além de trabalhadores e sindicalistas, participaram do ato deputados estaduais, procuradores o trabalho e do Tribunal Regional do Trabalho.

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Presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Construção Civil e do Mobiliário de Chapecó, Izelda Terezinha Oro, uma das organizadoras do ato na cidade, destacou ações de sucesso desenvolvidas no município e que tiveram apoio do poder público no combate aos índices de acidentes e doenças causadas pelo trabalho. “Chapeco é uma diferença no estado. Nosso município aprovou leis específicas em que o município se compromete a fazer ações em prol da saúde do trabalhador”.

Idemar Antonio Martini, presidente da Federação dos Trabalhadores nas Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fetiesc), frisou que o ato do Movida tem como foco fortalecer as ações e a busca pelas que ataquem problemas relacionados à questão da saúde e segurança dos trabalhadores.  “É de todas as pessoas que querem o bem para seus semelhantes. De pessoas que lutam para que não haja tantos de acidentes de trabalho. Queremos, acima de tudo, sensibilizar as autoridades constituídas em nosso país para que eles voltem seus olhares para estes fatos. o Movida permanecerá enquanto houver problemas que afetem a saúde e segurança do trabalhador”.

Presidente da Nova Central Sindical de Trabalhadores de Santa Catarina (NCSTSC), Altamiro Perdoná, lembrou que o Movida é um ato apartidário e que une diferentes representações em torno dos problemas que afetam a classe dos trabalhadores. “As atitudes que ainda são praticadas neste país. Movimento sindicalismo e comente para defender salario, mas também a saúde e segurança dos trabalhadores. Queremos mostrar para a classe patronal que o ser humano não é correia, parafuso ou máquina”.

Liderando a comitiva de Brusque, o sindicalista Izaias Otaviano, coordenador do Fórum de Entidades Sindicais de Trabalhadores de Brusque e região e presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário de Brusque e região (Sintricomb), pontua que a data de 28 de abril é um momento de se pensar sobre as ações desenvolvidas em torno da saúde e segurança da classe trabalhadora. “É uma dia de reflexão, de avaliarmos e pensarmos sobre as formas que é feita a segurança dos trabalhadores e o que projetamos o futuro dos nossos trabalhadores. É um dia de fazermos um balanço em termos de tudo oque está sendo feito quanto a isso em todo o Brasil”.

Dados coletados pelo Movida apontam que os índices de acidentes e doenças do trabalho são mais agravantes do que se imagina. Em todo o mundo, 123 pessoas morrem por minutos vítimas desta situação.

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