Vereador faz pedido de contratação de psiquiatras para atendimento na rede pública de saúde

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Autor da proposição, Martins afirmou que Brusque “está muito mal” nesta área. Foto: Arquivo/Imprensa Câmara Brusque

Um requerimento apresentado pelo vereador Ivan Martins (DEM) e aprovado por unanimidade dos presentes na sessão ordinária desta terça-feira, 8 de março, pede que o município de Brusque providencie a contratação de médico psiquiatra tanto para atendimento dos profissionais de saúde que atuam na rede pública, quanto para a população em geral.

No texto, Martins relata o agravamento do quadro de doenças mentais na cidade e a crescente procura de atendimentos por fatores como depressão, crises e surtos. O vereador ressalta ainda que atualmente não há na rede pública especialistas que atendam a demanda nas principais casas de saúde da cidade, os hospitais Azambuja e Dom Joaquim.

Ele relatou na tribuna que foi procurado por cidadãos que precisam de tratamento psiquiátrico para os filhos e afirmou que Brusque “está muito mal” nesta área. “E nós temos visto que, realmente, as pessoas que mais necessitam são as que têm mais dificuldade em serem atendidas. Quando se tem dinheiro sobrando, procura-se um médico particular, até em outros municípios”, ponderou. “Mas, quando as pessoas não têm e necessitam do atendimento do SUS é que a coisa fica complicada”, prosseguiu.

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“Se o SUS é bancado por todos nós, toda a população, principalmente a mais necessitada é que tem que ser atendida pelo SUS, e estamos vendo as dificuldades que elas estão enfrentando por não ter médicos”, frisou. Em aparte, o vereador André Batisti, o Déco (DC), parabenizou a iniciativa e citou uma pesquisa noticiada pela BBC que relata o aumento de 53% de transtornos mentais durante a pandemia de Covid-19.

“Sabemos da dificuldade que é a contratação de médicos. Muitas vezes se faz um processo seletivo para ocupar vagas e, às vezes, não aparece nenhum médico que quer participar. Mas, queremos pedir um empenho maior para o Executivo na contratação desses psiquiatras para ocupar esses cargos vagos”, insistiu Martins.

Ainda na discussão, Marlina Oliveira (PT) acrescentou ter recebido resposta a um pedido de informação feito ao Executivo sobre especialidades médicas disponíveis na rede pública. “Algumas especialidades são bastante frágeis e essa fragilidade tem se arrastado”, disse. “Essa questão da psiquiatria é extremamente frágil, mas também temos a dos neuropediatras, por exemplo, e dos neuros de maneira geral. Muitas famílias também sofrem com a ausência dessas especialidades. Precisamos trazer sugestões ao Executivo e ele nos escutar também”, concluiu.

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