Toda forma de preconceito não é bem-vinda: machismo, homofobia, racismo”, defende Valmir Ludvig

Valmir Ludvig fala ao plenário durante a reunião desta terça-feira (23). Foto: Aline Bortoluzzi/Imprensa Câmara Brusque

Durante a sessão ordinária desta terça-feira, 23 de novembro, o vereador Valmir Ludvig (PT) explanou suas convicções sobre uma série de assuntos que tem permeado o ambiente sócio-político brasileiro. “Todos nós somos seres políticos, não interessa onde estejamos. Em qualquer situação, a gente sempre toma lado e entendo que quem está no setor público deve dar preferência àqueles que mais precisam. Esse deve ser sempre o nosso foco”, iniciou. 
Para Ludvig, a sociedade tem dificuldades de lidar com a própria diversidade e discutir pautas como a condição da população negra no país, o preconceito à comunidade LGBTQIA+ e outras. “Ainda tem gente na Idade da Pedra”, disse. “Qual foi o dia em que a gente decidiu ser heterossexual? Alguém aqui fez essa opção?”, questionou o vereador aos demais parlamentares. “Ninguém faz opção. A gente é ou não é”, prosseguiu. “A gente tem que ter abertura e coragem de mudar essa cultura, essa perseguição boba, para a sociedade avançar. Toda forma de preconceito não é bem-vinda: machismo, homofobia, racismo”, defendeu, acrescentando que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) “é um péssimo exemplo” nesse sentido. 
Em aparte, Rodrigo Voltolini (DC) declarou respeitar o ponto de vista do orador, mas ponderou: “Nunca vou poder aceitar que a minha filha vai ter que compartilhar um banheiro com um homem. Se o centro da discussão for esse, com isso eu não concordo”.
Ludvig, então, replicou: “Sempre tem que ter respeito, esse é o negócio, e a gente tem que lidar com isso”. 

Eleições 2022
Ao falar sobre a proximidade das eleições de 2022, ele defendeu que a comunidade se atenha a assuntos de real interesse, como a economia. Nessa esteira, disse que a operação Lava Jato foi “inventada” e “usada politicamente”: “E fizeram ‘com o Supremo, com tudo’, a festa”, concluiu, numa alusão à frase dita a um interlocutor (Sérgio Machado, ex-presidente da Transpetro) por Romero Jucá, ex-senador pelo estado de Roraima (RR) pelo PMDB e ex-ministro do Planejamento do governo Michel Temer, ao se referir a um suposto “pacto” para barrar a operação, segundo notícias publicadas à época do vazamento da conversa, em 2016.

“Cloroquina não funciona”
No momento seguinte, Ludvig frisou: “Cloroquina não funciona”. Ele opinou que a vacina contra o novo coronavírus (Covid-19) deveria ser obrigatória e que mais da metade das mortes por Covid-19 no Brasil poderiam ter sido evitadas no país se o governo federal não tivesse atrasado a compra de imunizantes.

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“Globo lixo”
O vereador afirmou, por fim, que para ele a TV Globo “sempre foi lixo, sempre manipulou, bota quem quer e tira quem quer”, da mesma forma que agiriam outras grandes empresas de comunicação.
Em aparte, Nik Angelo Imhof (MDB) indagou qual seria o objetivo do pronunciamento de Ludvig e sugeriu ao edil que não levantasse “esse tipo de debate” na Câmara, o qual não seria, a seu ver, relevante para Brusque.
“Interessante que quando o Lula e a Dilma eram presidentes era relevante discutir isso aqui dentro”, protestou Ludvig. “Esse é um horário livre para isso. A minha intenção é o debate, sim”, concluiu.

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