Tenente-coronel Heerdt quer implementar o projeto “Psiu” em Brusque

Projeto já é utilizado em Blumenau e multa por perturbação de sossego;

Tenente-coronel Heerdt brusque
“Viver em uma cidade segura é um ativo", destacou o tenente-coronel ao plenário. Foto: Imprensa/Câmara Brusque

Vereadores receberam durante a sessão ordinária desta terça-feira, 5 de julho, o tenente-coronel Heintje Heerdt, do 18º Batalhão de Polícia Militar de Santa Catarina (18º BPM). Ele utilizou o espaço para falar sobre seus projetos para Brusque enquanto comandante da corporação na cidade.

Heerdt, que assumiu o posto no dia 25 de maio, compartilhou ao plenário sua trajetória militar que culminou na indicação ao comando do batalhão em Brusque. “A ideia é continuar fazendo o bom trabalho da Polícia Militar nos indicadores da segurança pública”, manifestou. “Viver em uma cidade segura é muito importante, é um ativo”, disse ao relembrar a posição alcançada por Brusque no ano de 2018, considerado o município mais pacífico do Brasil entre aqueles com mais de 100 mil habitantes, em pesquisa feita pelo Ipea e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

Entre as primeiras iniciativas, o comandante sugeriu implementar o projeto “Psiu”, a exemplo de Blumenau, para casos de perturbação do sossego. “Blumenau instituiu uma medida de polícia administrativa onde, em tese, a Prefeitura pode fazer a fiscalização de som alto e, no caso de lá, fizeram o convênio com a Polícia Militar delegando esse poder pra PM fazer a fiscalização. Com a multa acaba sendo mais interessante pra atuar”, compartilhou.

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Outra medida proposta por ele é o reforço da fiscalização quanto à Lei Seca, bem como, o trabalho preventivo em parceria com órgãos e entidades. O tenente-coronel levantou que, enquanto o município registra poucos casos de homicídios — 2 desde o início do ano — , a cidade sofre com muitas mortes no trânsito, que já totalizam 14 em 2022. “A gente faz uma análise de cada morte no trânsito e verifica que sempre tem alguém que está embriagado, seja o autor da batida ou a vítima, a gente observa que é um fator que acrescenta risco”, alertou. “A PM é um agente que deve atuar pra reduzir esses indicadores”, complementou.

Por fim, o convidado informou que o batalhão pretende adquirir novas viaturas, investir na capacitação de policiais e angariar, junto ao governo do estado de Santa Catarina, a compra de câmeras com tecnologia LPR, dispositivos que fazem a leitura de placas de veículos, como forma de suprir a falta de efetivo policial. “Você tem, digamos, um robô em cada rua que está lendo cada placa e vai dizendo qual tem alteração, qual é de veículo de furto ou roubo e etc. Então, isso dá um tempo de resposta muito rápido à PM, onde aquele robô não cansa, funciona 24h e é nosso olheiro que verifica o que está acontecendo nas ruas”, explicou.

A manifestação do comandante na reunião atendeu aos pedidos apresentados pelo vereador Alessandro Simas (PP) e pela vereadora Marlina Oliveira (PT), por meio dos Requerimentos nº 100 e 133/2022, respectivamente.

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