Dez vereadores, de sete partidos políticos, fazem parte da nova constituição do Bloco de Situação na Câmara Municipal, grupo que – via de regra – dá apoio e sustentação ao governo. São eles: Alessandro Simas(PSD), André Rezini (PPS), Celso Carlos Emydio da Silva, o Dr. Celso (DEM), Cleiton Luiz Bittelbrunn (PRP), Gerson Luís Morelli, o Keka (PSB), Ivan Martins (PSD), José Zancanaro (PSB), Jean Pirola (PP), Joaquim Costa, o Manico (MDB) e Leonardo Schmitz (DEM).
Ivan Martins, que cumpre seu quinto mandato, declara-se honrado por ter sido escolhido líder deste bloco, formado agora pela maioria do plenário: “Fico satisfeito porque é uma confiança depositada pelos outros nove vereadores. Realmente [no início da legislatura], não tínhamos a maioria, mas através do trabalho que fazíamos aqui, juntamente com o líder do governo [Alessandro Simas], aprovamos quase 100% dos projetos encaminhados pelo Executivo”, pontua.
Na avaliação do parlamentar, não obstante a diversidade partidária que compõe o grupo – “não será tão difícil fazê-lo caminhar de forma homogênea”. Segundo ele, os dez legisladores já conversaram sobre como proceder quanto à análise conjunta de projetos: “O que forquestão a ser decidida pelo bloco, terá a orientação dolíder. Se não for, a votação ficará aberta para que cada umvote como bem entender”, afirma. “Quando fecharmos em torno de um projeto, ele já terá sido altamente discutido e, na votação, teremos dele pleno conhecimento. Assim, vamos praticamente definidos para a sessão se, na avaliação dos dez, a proposta vir a beneficiar a cidade e a população”.
O Bloco de Oposição – que já foi maioria na Legislatura 2017/2020, tem agora cinco parlamentares, que representam igual número de partidos políticos. Neste grupo, estão Ana Helena Boos (PP), Claudemir Duarte, o Tuta (PT), Marcos Deichmann (PATRI), Paulinho Sestrem (PRP) e Sebastião Lima, o Dr. Lima (PSDB), que continua sendo o líder da Oposição.
Dr. Lima acredita que a coesão entre os vereadores que permanecem na Oposição está ancorada em interesses afins: “Sempre houve coerência no que esse grupo pensava em fazer e continua sendo nosso princípio colocar a humildade acima da vaidade e do ego, dos interesses escusos, do orgulho e dos projetos individuais. Overdadeiro homem público está para servir, ajoelhar-se,para que a população suba nas suas costas, e não para usufruir do dinheiro público e sair [do mandato] com a sua vida, a dos seus amigos e a dos seus conhecidos resolvida. Coisas do passado nos trouxeram à situação atual e precisam ser mudadas. As coisas certas sempre foram certas, mas nem sempre foram feitas”, diz Dr. Lima.
Para ele, a diferenças partidárias que compõem o bloco não representam um entrave à união dos oposicionistas, que preferem manter o foco naquilo que eles têm em comum: “Nós temos conseguido fazer prevalecer uma coerência do que cada um de nós quer fazer para a população, com sinceridade. Há também uma coerência entre os estatutos dos partidos, que entram em sintonia com os nossos propósitos. É muito difícil, hoje, fazer o que seja ruim para a população e exclusivamente bom para o partido. Se o partido quiser fazer algo que seja bom para si, terá de ser bom também para a população”.
Líder do governo
Alessandro Simas (PSD) permanece como líder do governo do prefeito Jonas Oscar Paegle (PSB). O Regimento Interno da Câmara, no artigo 197, enumera as competências dessa liderança: prestar esclarecimentos sobre matérias em tramitação que tenham origem no Executivo; defender projetos de interesse do governo; e intermediar, entre o Legislativo e os órgãos da administração, solicitações que não se sujeitam à deliberação do plenário.
Com dez vereadores na base aliada, Simas prevê facilidade na tramitação e aprovação de projetos do Executivo, mas também reconhece como positiva a atuação da Oposição frente a propostas governistas: “O fato do governo estar com a maioria traz tranquilidade em relação aos trabalhos, às pautas que precisam ser apresentadas à Câmara e aos projetos que venham ao interesse da comunidade. Com certeza, isso acaba ficando mais fácil. Desde o ano passado, quando assumi a liderança do governo, mesmo a Oposição tendo maioria à época, tivemos tranquilidade. Na Comissão de Constituição, Legislação e Redação, por exemplo, Deichmann e Ana Helena sempre foram parceiros e deram prioridade às questões importantes. Acredito que essa situação irá permanecer”, avalia. “Os projetos que o governo está trazendo irão beneficiar a comunidade como um todo. Não vejo que haverá problemas para aprovação, com o apoio da maioria”.
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