Setembro Amarelo em tempos de pandemia

Setembro Amarelo em Tempos de Pandemia
Foto: Reprodução

Estamos iniciando o mês do Setembro Amarelo, período em que se trabalham questões voltadas à conscientização e a importância de atentarmos para o tema da prevenção do suicídio e, especificamente neste momento da história da humanidade, com o agravante de estarmos passando por uma Pandemia de Covid-19, que tem ampliado eventos negativos que nos levam a sentir mais estresse, ansiedade, medo, tristeza e incertezas a respeito do futuro.

O isolamento, o distanciamento, a quebra de rotina, o acirramento da convivência em nossos núcleos familiares, a angústia da incerteza financeira, econômica e todos esses aspectos tornaram muito mais visíveis nossas questões a respeito do quão importante é cuidar de si mesmo e do próximo, para fins de amenizar situações estressantes e poder estabelecer uma dinâmica mais saudável em meio a uma situação com poucos precedentes.

A importância e o valor da interação entre os seres humanos nunca estiveram tão evidentes quanto podemos perceber no atual momento. O valor da fala e da escuta, da comunicação, da troca de informações e do autocuidado estão, certamente, entre as melhores estratégias no enfrentamento da ansiedade e da depressão que podem surgir e/ou se agravar durante épocas assim.

Publicidade

Neste momento precisamos falar de autocuidado e de escuta terapêutica qualificada para com pessoas com ideações suicidas, E assim pode ser o caminho mais adequado para a prevenção do Suicídio. Os gatilhos estressores podem, somados às patologias pré-existentes, agravar um quadro que já demandava atenção, portanto, saber identificar situações que provoquem a intensificação dos sintomas de ansiedade e depressão se torna indispensável ao olhar tanto de familiares quanto de amigos que convivem com a pessoa que passa por dificuldades emocionais.

A necessidade de prestar atenção aos sinais, para que se possa realizar uma intervenção efetiva em tempo é saber, antes de tudo, que ninguém tem culpa de estar se sentindo mal, que angústia, tristeza, ansiedade e depressão, não devem ser ignorados ou vistos como sinal de fraqueza ou tentativa de chamar a atenção.

Devemos ser solidários uns para com os outros neste momento e orientar/conscientizar as pessoas na busca por suporte junto a profissionais de saúde mental, sem preconceito de nenhuma ordem, e sim para que possamos juntos promover qualidade de vida em todos os níveis possíveis, acolhendo e dando a devida atenção a quem precisa de fato.

Podemos através do autocuidado e da informação salvar vidas, ressignificar contextos, certos de que podemos contribuir para uma sociedade melhor, mais humana e compreensiva para com as diferenças que existem entre nós, mas com um olhar mais atento ao que nos aproxima e nos faz bem, promovendo qualidade de vida e bem-estar, em um sentido único e vital para um futuro muito melhor logo adiante.

Procure conversar sobre isso com pessoas de confiança, com as quais você se sinta seguro (a) e busque auxílio profissional. Se você está passando por situações semelhantes as que foram expostas neste texto, saiba que você não está sozinho e que pode contar com ajuda especializada.

A vida sempre será nosso bem mais valioso! A esperança por dias melhores encontrará, certamente, amparo nos profissionais de saúde que se encontram lutando para superarmos este momento com dignidade e respeito ao sentido mais profundo de humanidade.

Dr. Jean Nasgueweitz. Psicólogo da TAG KLINIK® – Hospital Dia. Mestre em Educação. Especialista em Saúde Mental e Atenção Psicossocial. Especialista em Psicologia do Desenvolvimento.

Direção Técnica TAG KLINIK: Dra. Priscilla Reeck – CRM/SC 10856.


Comentários


Os comentários serão analisados pelo editor do site e podem ser excluídos caso contenham conteúdo discriminatório, calunioso ou difamador. O nosso objetivo é promover a discussão de ideias entre os internautas. Esteja ciente que comentando aqui você assume responsabilidade pela sua opinião.