Candidato pela primeira vez em 2012, Jean Pirola se elegeu no mesmo ano, com 1057 votos. Membro do Partido Progressista, PP, ele se filiou no final de 2009. Desde que se mudou para Brusque, em 1996 se envolvia com a política, porém sempre nos bastidores, já fez campanha para Ciro Roza, Ivan Martins, Dejair Machado e outros nomes da política local. Na semana passada ele postou em sua página da rede social Facebook um questionamento sobre a aliança nacional do PP com o PT. Ele fala agora com exclusividade sobre o assunto, para o Olhar do Vale.
ODV – O que você pensa sobre a coligação PP-PT? O que a população ganha com ela?
Pirola – A coligação existente hoje em Brusque foi uma coligação que deu certo. Se você voltar no tempo, PT e PP juntos soa estranho, mas não, na nossa região vem dando certo, nós vemos uma vontade muito grande de trabalhar em prol do município. Quando se juntaram pela primeira vez, eu não participei, ainda não fazia parte do PP. O que nós vemos nessa coligação é a grande vontade e o profissionalismo em vários setores, por exemplo com os secretários do nosso partido, temos o Gilmar Vilamoski que é engenheiro profissional na Secretaria de Obras, a Gleusa Fisher que é profissional da educação na Educação, Rogério Ristow vem fazendo um trabalho excelente na frente do Samae, então vejam, unimos o profissionalismo com a vontade de trabalhar. O que eu vejo na coligação que surte muito efeito é essa prática de querer sempre o bem das pessoas e o bem da comunidade.
ODV – Você protestou no Facebook sobre a aliança em âmbito nacional. Com que partidos faria sentido o PP se coligar?
Pirola – Se nós pegarmos a história, para o PP hoje seria mais viável uma coligação com o PSDB, vamos ser francos, não tenho por que esconder. Essa é a vontade que eu tenho, que o PP hoje seja cabeça de chapa em alguma coligação a nível nacional, por isso o compartilhamento no Facebook. Tem uma ala do PP a nível nacional que não quer apenas figurar as campanhas, queremos fazer parte como candidato na majoritária, seja candidato a presidência ou vice-presidência. E está muito forte a possibilidade do PP ser o candidato a vice do Aécio Neves, temos nomes excepcionais como a Ana Amélia Lemos, a própria Ângela Amim, são pessoas que possivelmente podem fazer parte da coligação e em praticamente todos os estados do Brasil, o PP está fechando parcerias com o PSDB. Então eu aderi à essa ideia pois se você analisar como está o Governo Federal, nós vamos ver que o ruim já superou o bem, corrupção, desvio de verbas, mensalão, são questões que trazem bastante desconforto para a população. Então se queremos uma mudança no Governo Federal, as bases devem trabalhar para que seja possível.
ODV – O que deve ser levado em consideração para formar uma aliança entre os partidos, já que as ideologias já não são levadas em conta?
Pirola – Se você fizesse essa pergunta há 20 anos, nós sabíamos que o que era esquerda era esquerda, o que era direita era direita, centro era centro. Então as ideologias partidárias eram sempre colocadas acima das pessoas, alguns partidos do Brasil ainda seguem a ideologia partidária em primeiro lugar pra depois pensar nas pessoas. Hoje se você perguntar nas ruas quais as ideologias do PP, PT, PSDB, as próprias pessoas não têm mais a identidade ideológica partidária. Elas se identificam com as próprias pessoas dentro do partido, por isso que vemos tanta dança de partidos.
ODV – Você tem alguma previsão pra eleições em outubro?
Pirola – Olha, sinceramente, está tudo indefinido. Espero que sejam eleições limpas, espero poder votar no PP, tanto para presidente da república tanto para governador do estado, sendo ele cabeça de chapa ou vice. Por que o PP é um partido muito grande, muito forte, pra ficar como coadjuvante, não podemos mais ser coadjuvantes, nós somos um partido forte que tem condições de brigar pela presidência da república. Tenho certeza que o PP vai ter candidato à governador ou à vice, vamos brigar para ter candidato à nível nacional, seja o Bolsonaro como nosso candidato ou como o vice do Aécio Neves. E claro que Brusque também vai ter candidato à deputado estadual, só estamos verificando quem vai ser o nome, o Boca Cunha é um nome muito forte e talvez outros candidatos que possam surgir.
ODV – Quais os seus planos para 2016? Você pensa em algum dia ser prefeito?
Pirola – Esse é um pensamento que qualquer pessoa tem, sempre a questão de crescer. Se você entra no meio político, eu entrei como vereador, tenho um objetivo traçado, quero me manter no legislativo. Me tornar deputado estadual, é um sonho que eu tenho, por que a gente pode trabalhar muito mais pela comunidade. Mas se surgir uma oportunidade, um convite da população e do meu partido que eu seja um candidato majoritário para o executivo, seja para prefeito ou vice, claro que o meu nome está disponível, mas o meu desejo é continuar no legislativo.
Por Maria Zucco
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