Pouco mais de dois meses após lançamento, Programa Fila Zero apresenta resultados significativos para os brusquenses


Pouco mais de dois meses após o lançamento do Programa Fila Zero, as demandas represadas de Brusque, aos poucos, vão voltando ao normal. Tantos os procedimentos de consultas quanto as demandas antigas de cirurgias vêm caindo substancialmente após a iniciativa do governo municipal.
Casos como o de consultas de ortopedia, por exemplo, já estão totalmente dentro da normalidade. Antes do lançamento do programa, haviam 1373 solicitações de consulta em espera nesta área.
Segundo o secretário da Saúde, Humberto Fornari, hoje a pasta trabalha atualmente para atender a demanda normal de atendimentos. São cerca de 650 por mês. “O Fila Zero, para nós, até o momento, está sendo um sucesso. Com exceção das demandas vasculares e de endocrinologia represadas, que ainda estamos trabalhando com a licitação para contratação dos médicos e há uma dificuldade de contratação até mesmo pelo Consórcio Intermunicipal de Saúde do Médio Vale do Itajaí (Cisamvi), todas as demais especialidades tiveram as consultas realizadas”, observa.
Crescimento em números
Conforme a Prefeitura de Brusque, somente nos 4 primeiros meses da nova gestão foram praticamente 20 mil consultas realizadas nas especialidades. As cirurgias também estão sendo um sucesso, segundo Fornari. Houve uma queda de aproximadamente 30% considerando as que estavam represadas de 2016 (929) e as novas demandas. Até o momento, 449 cirurgias já foram realizadas no Hospital Dom Joaquim, enquanto que o Azambuja fez 159. “Estamos observando uma resposta propositiva do Azambuja nos últimos dias no sentido de ajuda das demandas represadas, o que nos faz acreditar que teremos um grande avanço para acabar com a fila de cirurgias nos próximos meses”, diz.
Ao lado da diretora de Especialidades, Camila Pereira, o secretário destaca outros fatores que acabam impactando tanto no número de consultas quanto na quantidade de procedimentos cirúrgicos. “A gente detectou a necessidade de se implantar um projeto para detectar problemas na Atenção Básica. Por não trabalhar com protocolos, acaba-se gerando uma demanda excessiva e desnecessária do ponto de vista clínico. Isso nos permitiu uma tomada de decisão que é a implantação destes protocolos”, comemora.
Outra situação levantada por Fornari é a de que, como o município tem realizado um número muito alto de consultas, automaticamente o número de cirurgias também aumenta. “Quando se consegue a realização das consultas nas Especialidades, mais demandas por cirurgias ocorrem em razão dessas consultas”, lembra.
Ele ainda observa que o objetivo do Fila Zero é o de normalizar a situação, uma vez que zerar a quantidade de cirurgias é impossível em razão da demanda normal do dia a dia. “O fato é que, dentro do nosso planejamento e expectativa, os objetivos estão sendo alcançados dia a dia”, celebra.
Segundo a diretora de Serviço da Auditoria e Regulação, Katia Regina Furtado, os casos de cirurgias mais procurados até o momento são os de ortopedia, otorrino, vascular e cirurgia geral, como por exemplo vesícula e hérnia. “É importante ressaltar que todos os casos de urgência, emergência e oncológicos sempre têm prioridades sobre qualquer paciente que esteja na fila em razão da gravidade destas situações”, comenta.
Sobre o Fila Zero
Desde que foi lançado o Programa Fila Zero, no dia 9 de março, a Secretaria da Saúde trabalha com cerca de 40 especialistas, de diversas áreas, no atendimento de demandas médicas antigas, algumas delas de pessoas que estão há dois anos na Fila de Espera.
Com mais de 20 mil procedimentos represados, a prefeitura viu a necessidade de realizar uma ação coordenada para atender o anseio da população que vinha sofrendo nos últimos anos a espera de consultas e procedimentos cirúrgicos. “A importância desta ação é que, no Fila Zero, houve uma atenção especial da prefeitura, nesta nova administração, no sentido de viabilizar recursos próprios para que isso acontecesse, fazendo com que a população que esperava há mais de um ano pudesse ser avaliada”, observa Humberto Fornari.

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