Em pronunciamento durante a sessão ordinária da terça-feira, 10, o vereador Jean Pirola (PP) discorreu a respeito de questões ligadas à imigração, como os impactos causados à Segurança Pública no município, e, nesse contexto, criticou a iminência de extinção do Fundo de Melhoria da Polícia Militar (Fumpom) e do Fundo de Reaparelhamento do Corpo de Bombeiros (Funrebom). Ambos são alvo de um inquérito civil aberto pela 3ª Promotoria de Justiça, que entendeu serem inconstitucionais as leis que repassam valores aos fundos.
“A nossa cidade foi tema do Globo Repórter numa reportagem que a citava como a mais segura e como uma das melhores para se viver do país. A matéria repercutiu muito. Tenho certeza que outros vereadores também receberam mensagens, como eu, de pessoas de Santos, Macaé, Fortaleza, perguntando se aqui era fácil arrumar emprego e qual era o valor do aluguel”, relatou. “Vejam que a migração pode acontecer mesmo que as pessoas não conheçam o município ou tenham conhecidos por aqui. Isso pode acarretar novamente num crescimento desordenado de Brusque, então, precisamos ter responsabilidade nesses momentos”, prosseguiu o vereador, convidado a falar sobre Brusque em Itabuna, na Bahia. “Será que levo o exemplo do fim do Fumpom e do Funrebom? O exemplo de que querem acabar justamente com aquilo que funciona?”, questionou.
No telão do plenário, ele exibiu fotos de andarilhos comumente vistos nas proximidades da rodoviária e em outros pontos. “São grupos de até 15 pessoas, que parece que dormem no albergue público e, depois, como não têm o que fazer, como nunca tiveram, desde que foi criado esse formato, acabam indo para a rodoviária beber cachaça, usar drogas, incomodar, ameaçar pessoas e destruir o patrimônio. Não adianta retirá-los do Centro e ter um local para recolhê-los, como o Ministério Público determinou, pois acabam indo a outros locais. A gente não vê uma solução, um progresso para esse assunto. Tenho certeza que o secretário de Assistência Social, Deivis da Silva, está fazendo um trabalho fantástico para tentar resolver esse problema, mas não vai conseguir”.
Líder do governo na Câmara, o vereador Alessandro Simas (PSD) acrescentou em aparte que começam a chegar ao país migrantes vindos da Venezuela: “Mais uma vez, quem vai pagar essa conta são os municípios, pois a União planeja mandar R$ 2.400 a cada seis meses, por pessoa, mas você não mantém alguém com R$ 400 mensais. Em curto prazo, vamos enfrentar mais este problema”.