Botuverá – Não é porque tem pouco menos de cinco mil habitantes espalhados pelos seus aproximadamente 296 quilômetros de área, que a cidade de Botuverá pode ficar sem dispor dos serviços das forças públicas de segurança. A Polícia Civil de Santa Catarina também está presente no município vizinho a Brusque. E por lá, ela tem nome e sobrenome.
Conheça nesta entrevista exclusiva feita por Olhar do Vale (ODV), Paulo Freyesleben, policial responsável pela delegacia de polícia municipal (DPMU) de Botuverá. Ele é o único investigador a trabalhar constantemente na cidade e nos conta sobre o seu trabalho por lá.
Olhar do Vale (ODV) – Paulo, você é o responsável pela delegacia de Polícia da cidade de Botuverá. Como é o panorama atual da segurança pública do município? É tranquilo em relação há tempos atrás?
Paulo Freyesleben – Comparada com outros municípios do Estado, Botuverá é uma cidade tranquila e ordeira. Há ocorrências dos mais variados delitos, contudo, em sua grande maioria, são infrações de menor potencial ofensivo. Esporadicamente nos deparamos com situações mais complexas, como roubos e tráfico de drogas, porém, contamos com apoio de unidades especializadas da Polícia Civil, bem como da Polícia Militar e, assim, obtemos um bom índice de resolução dos crimes.
ODV – Quais os tipos de ocorrências mais comuns que são registradas no município botuveraense?
Paulo – As principais ocorrências são: ameaças, injúrias, calúnias, difamações, lesões corporais e crimes ambientais.
ODV – Botuverá, pelo menos aos olhos de quem mora em Brusque, aparenta ser uma cidade muito tranquila. Neste aspecto, qual o papel de um Policial Civil que aí trabalha?
Paulo – Realmente, no geral, é uma cidade tranquila, pois, as infrações penais cometidas, em sua grande maioria, não são violentas. Mas há grande demanda de trabalho, todas as situações que nos chegam, procuramos dar uma resposta à sociedade, independente da infração penal que nos é noticiada. Vale ressaltar também que a Polícia Civil possui outras atribuições, além da investigação criminal, como, por exemplo, a expedição de licenças e alvarás a eventos estabelecimentos que comercializam bebidas alcoólicas.
ODV – Ouvimos falar que um Policial Civil que trabalha em cidade pequena as vezes serve mais como um psicólogo. Isso confere?
Paulo – Bem, em cidades pequenas, o trabalho do policial civil vai além de realizar investigações de infrações penais e confeccionar procedimentos que serão encaminhados ao Poder Judiciário. Somos procurados para esclarecer as mais variadas dúvidas da população, entre problemas de cunho pessoal, bem como questões relacionadas à esfera cível, como demarcações de propriedade, posse e detenção de terras.
ODV – A Polícia Civil de Botuverá está bem equipada? Apenas você trabalha em Botuverá na PC?
Paulo – Sou o único policial civil do município, razão que se torna muita importante a relação com a Polícia Militar, a qual, sem dúvida, é uma grande parceira. Em relação à estrutura da polícia civil, estamos bem equipados e com uma edificação muito boa, a qual foi reformada recentemente com o apoio da Prefeitura Municipal de Botuverá.
ODV – O que seria necessário para melhorar o trabalho na cidade?
Paulo – O trabalho no município tem se desenvolvido muito bem, pois, como já dito, contamos com o apoio de outras unidades da polícia civil, quando necessário, bem como da Polícia Militar. Porém, com o inevitável aumento populacional, no futuro haverá necessidade da vinda de mais um policial civil.
ODV – conte-nos um pouco de sua história na cidade. Quando começou a trabalhar no município? Tem residência na cidade?
Paulo – Sou natural de Blumenau, formado em direito pela UNIVALI, pós-graduado em direito ambiental. Minha família é fixada em Balneário Camboriú e eu resido em Brusque. Sou policial civil há mais de 16 anos e estou trabalhando em Botuverá desde o dia 1º de outubro de 2004.
ODV – Qual sua mensagem para o povo botuveraense?
Paulo – Sabemos que os órgãos policiais são vistos sempre com certa desconfiança pela população, porém, durante o período que estou lotado aqui, sempre fiz questão de frisar que o trabalho policial civil é pautado pela imparcialidade, técnica jurídica e respeito ao ordenamento constitucional vigente.
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