Paróquia São Luís Gonzaga celebra 117 anos da presença Dehoniana

Paróquia de Brusque foi a primeira do Sul do país a receber os padres do Sagrado Coração de Jesus.


“Nosso instituto é, por natureza, um instituto apostólico. Assim sendo, de bom grado, nos colocamos a serviço da Igreja nas mais diversas atividades pastorais”. A frase, dita por Pe. Leão João Dehon, expressa a missão assumida pelos padres da Congregação Sagrado Coração de Jesus, fundada por ele próprio na França em 1878 e presente no mundo inteiro. Missão esta que foi enaltecida na noite de segunda-feira, 4 de outubro, durante missa festiva que comemorou os 117 anos da presença Dehoniana, na Paróquia São Luís Gonzaga.


Presidida pelo pároco Pe. Diomar Romaniv, a celebração reservou momentos de oração e reflexão sobre a contribuição dos padres Dehonianos em Brusque. A cidade foi a primeira do Sul do país a receber os religiosos do Sagrado Coração de Jesus. Eles se estabeleceram na Paróquia São Luís Gonzaga quando esta tinha pouco mais de três décadas de trajetória. “Para nós, que somos padres Dehonianos, é um dia de festa, porque recordamos o primeiro trabalho pastoral que os padres missionários da Alemanha que vieram ao Brasil, assumiram aqui no Sul. Foi exatamente esta paróquia que foi confiada a nós, juntamente com a Paróquia Puríssimo Coração de Maria, em São Bento do Sul. E a partir desses trabalhos pastorais, os missionários foram expandindo, não só a espiritualidade dos padres do Sagrado Coração de Jesus, mas também a Igreja. Criaram novas comunidades, atendendo o povo e pouco a pouco assumindo outras tantas paróquias nos estados de Santa Catarina, Paraná e São Paulo, abrindo todo um espaço missionário”, ressaltou.


Durante sua homilia, Pe. Diomar relembrou que em Brusque, a presença Dehoniana desenvolveu um grande centro de espiritualidade, pois além do trabalho na Paróquia, os religiosos assumiram um protagonismo no Colégio e na Faculdade São Luiz; deram início aos trabalhos da então Febe, hoje Unifebe; atuaram na criação da Casa Padre Dehon e do Convento Sagrado Coração de Jesus. “Temos toda a riqueza da nossa espiritualidade marcada em diferentes trabalhos e com uma presença significativa de padres, somos 18 religiosos e mais 22 seminaristas. É o território paroquial que mais tem padres Dehonianos da nossa província. Queremos bem dizer a Deus por isso e lembrar de tantos que aqui já viveram, quantos foram formados aqui no Convento, na Casa Padre Dehon e na Faculdade e que com certeza sentem saudades desse tempo que aqui partilharam na nossa cidade”, frisou o pároco.
Segundo padre Diomar, ao observarmos a trajetória da paróquia, ficam perceptíveis as características da própria espiritualidade Dehoniana na vida paroquial e da comunidade, como a centralidade da Eucaristia, com as celebrações de missas diárias na Matriz e semanalmente nas comunidades; a oportunidade para celebração do sacramento da reconciliação; a liturgia diária na catequese e demais formações; o zelo pelos trabalhos pastorais; o rosário e a devoção à Maria.

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“Pe. Dehon pediu que a Congregação fizesse ‘frutificar esse carisma conforme as exigências da Igreja e do mundo. E aqui estamos, em Brusque, fazendo frutificar esse carisma em diferentes atividades, como no apostolado paroquial, presente desde 1904; na educação das crianças e jovens, por meio do Colégio São Luiz há quase 118 anos; na formação dos seminaristas e religiosos no Convento há 97 anos e na Faculdade de Filosofia; no atendimento aos mais necessitados, pela Ação Social Paroquial há 72 anos; na difusão da espiritualidade na Casa Padre Dehon, há quase 40 anos; na partilha da espiritualidade com a família Dehoniana e em todas as ações realizadas diariamente”, ressaltou Pe. Diomar.


O padre também trouxe curiosidades sobre a paróquia Dehoniana, que tem hoje um dos padres mais idosos da Província, com mais de 64 anos de ordenação sacerdotal e também um dos padres mais jovens, com 10 meses de atuação. Conta ainda com um dos padres com mais tempo de residência na mesma comunidade religiosa (aproximadamente 40 anos) e o maior número de colaboradores ligados às obras Dehonianas nas comunidades. “Que riqueza espiritual e pastoral temos! É um verdadeiro tesouro confiado a nós e partilhado conosco. Elevamos a Deus nosso louvor e pedimos que o Sagrado Coração de Jesus seja amado sempre e em toda parte”, complementou o pároco.

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