Eleito para a presidência da CDL no biênio 2018-2019, o empresário Fabrício Zen recebeu a reportagem do Olhar do Vale para uma conversa. Durante a entrevista, Zen falou dos seus objetivos frente a entidade e também analisou a política e a economia local e nacional. Confira a entrevista:
Olhar do Vale: Fabrício, como será a tua postura e a condução do trabalho à frente da CDL?
Fabrício Zen: Nós temos a intenção de resgatar algumas das nossas metas ,como nosso CDL jovem, a meta é manter as atividades. O Sábado Fácil e Sábado Fácil nos bairros que já está funcionando também é o nosso objetivo é manter em atividade. A gente quer fortalecer mais atividades ligadas à comunidade. Enfim, parcerias estão começando a aparecer. Por exemplo a escola de música, parcerias com pessoal da UNIFEBE no sábado fácil. Este evento mostra a importância do trabalho voltado a questão social. Buscamos fortalecer isso. Nós estamos com duas, três palestras no ano para a comunidade. Estamos também focando agora na capacitação do próprio membro da CDL jovem. Então, por exemplo , nós tivemos recentemente uma palestra sobre vendas e e-commerce e teve uma adesão bem interessante. Então eu penso assim: como líder tanto como para o lojista e aqui dentro da entidade, de buscar essa união do time. Temos que mostrar a importância do trabalho de toda equipe tanto pra associado como para comunidade. Eu tenho buscado este ano estar a serviço do nosso associado. Meu objetivo é estar com 1000 associados. Hoje nós temos 763 associados e em Brusque nós temos um número em torno de 2.500 empresas.
Olhar do Vale: Como você visualiza o cenário econômico em 2018?
Fabrício Zen: Existe uma motivação em 2018, já que 2015,2016 e 2017 o PIB (Produto Interno Bruto, soma de tudo que é produzido em um país) estava negativo, mas , a minha visão, deve ser uma motivação moderada. A cidade de Brusque tem uma baixa influência em relação ao cenário econômico nacional. Além disso, tem os fatores políticos no cenário nacional que também interferem. A imagem do Brasil, a farra com o dinheiro público, sem falar na corrupção. Nós, como consumidores temos anseios por novos produtos e serviços. A gente percebe que existe uma intenção para as compras à prazo. E muitas vezes o lojista consultando o consumidor no sistema, a compra acaba não se concretizando pela inadimplência. A gente não consegue medir o número de compras não realizadas, mas a gente vê que o número de consultas no sistema tem aumentado, então entendemos que tudo está voltando a normalidade. Percebemos também uma mudança no ticket médio (média de compras) por cliente. Com vários lojistas o ticket médio tem aumentado. Ao invés de procurar um produto em uma faixa de preço maior, o consumidor está comprando mais produtos com um preço menor. A gente percebe isso na linha do vestuário, de acessórios e de cosméticos o ticket tem se mantido e isso mostra que não está se deixando de consumir. O que acontece é que o brasileiro também está se adequando a nova realidade do seu bolso, do seu orçamento . Enfim, a gente percebe um otimismo.
Olhar do Vale: E quanto a política local?
Fabrício Zen: Como entidade a gente tem que sentir e pensar em ser parceiro do Executivo não é porque o executivo. No final do ano passado essa parceria aconteceu na Casa do Papai Noel. Nestes últimos três anos com essas mudanças de prefeitos quem perdeu foi o cidadão. O prefeito que assume a gestão tem que ter uma equipe coesa.
Com uma boa equipe o resultado aparece. A gente também tem cobrado do poder público. Por exemplo o horário de atendimento da prefeitura não é integral. Isto para o cidadão é ruim.
E quanto ao legislativo tivemos neste inicio do ano a lei que regulariza os ambulantes. Então é preciso analisar essas pessoas que vem para cá vender nos cruzamentos, nos semáforos, os malabares também. São pessoas vulneráveis, então é preciso que haja políticas públicas principalmente a cargo da Assistência Social do município. Tem que ver o que está funcionando em outras cidades e adaptar a nossa realidade.
Olhar do Vale: Fabrício, podemos dizer que você é o gás para dar uma oxigenada na entidade?
Fabrício Zen: No meu discurso de posse eu lembrei e prestigiei os ex-presidentes. Todo diretor, assim como o presidente e o conselho fiscal fazem um trabalho voluntário.
Esta é uma atividade que não é remunerada. A nossa função de líder é motivar e dar condições para a equipe trabalhar. O líder tem que estar junto com a equipe, buscar soluções e trazer a equipe junto. A gente estuda coo contribuir tanto com a diretoria quanto com os colaboradores da CDL. Temos que envolver cada vez mais o associado, convidar para a participação. E o convite para participar do movimento jovem lojista com foco na capacitação. Em toda reunião acabamos aprendendo.
a gente acaba com
Como falei, é um trabalho voluntário. Cada um doa o seu tempo. Na entidade a gente consegue conciliar nossas atividades profissionais com o tempo voluntário a frente da CDL e isso reflete em um pensamento: Se nós empresários conseguimos fazer uma trabalho voluntário, a pergunta que se faz é: Quanto vale o salário de um vereador?
O trabalho de um vereador deveria ser voluntário. Aqui no Brasil tem essa situação de que se segue uma carreira política. Os políticos durante parte do tempo tem a sua atividade profissional e a outra poderia se doar voluntariamente a comunidade.
E isso vale também paras os nossos deputados tanto estadual como federal. Essa é uma discussão que deve ser feita com outras entidades, políticos e comunidade.
Por Anderson Vieira
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