Fernando e Juliana são casados há seis anos, têm dois filhos e moram de aluguel. O grande sonho deles é conquistar a casa própria. Para isso, começaram a procurar um imóvel no Brasil e encontraram um avaliado em R$ 200 mil. Ao buscar um financiamento no banco, descobriram que, ao longo dos 40 anos do contrato, o valor total pago chegaria a R$ 800 mil. Isso considerando a taxa Selic em 14,25% ao ano, percentual que o Copom deve estabelecer, podendo chegar a 16% até o final de 2025.
Por outro lado, temos John e Mary, um casal americano com dois filhos que também moram de aluguel e sonham com a casa própria na Flórida. Eles encontraram um imóvel no mesmo valor, 200 mil dólares, e fizeram uma simulação de financiamento no banco.
O resultado? Em 40 anos, o custo total da casa seria de 450 mil dólares, já que a taxa básica de juros nos Estados Unidos varia entre 4% e 4,5% ao ano.
A diferença de R$ 350 mil entre Fernando e Juliana no Brasil e John e Mary nos Estados Unidos para um imóvel de mesmo valor é reflexo da ineficiência econômica do nosso país. Não é por acaso que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tem uma rejeição de 58% no mercado financeiro e que a rejeição do presidente Lula nesse setor chega a 88%.
Essa é a consequência de colocar pessoas despreparadas em cargos estratégicos – e o reflexo disso pesa diretamente no bolso da população.
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