Vereadores se opõem a lockdown: “Serviu apenas para atrasar e prejudicar a economia”, afirma Rick Zanata

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Vereador Rick Zanata. Foto: Talita Garcia/Imprensa Câmara Brusque.

O vereador Ricardo Gianesini, o Rick Zanata (Patriota) ocupou a tribuna durante a sessão ordinária desta terça-feira, 2 de março, para se posicionar contra o lockdown como forma de conter o avanço da pandemia do novo coronavírus (Covid-19). Ele também procurou fazer um alerta quanto às responsabilidades individuais e coletivas diante da situação.


“O lockdown serviu apenas para atrasar e prejudicar a economia, contribuir severamente para o desemprego, deixando o povo assustado e desassistido. O lockdown nos priva dos direitos constitucionais de ir e vir, de trabalhar e da nossa liberdade”, disse Zanata.


Para ele, a medida foi tomada por governantes “como forma de afronta em embates meramente interesseiros e politiqueiros, visando a uma derrubada política”. Essa desunião e a má gestão pública, defendeu, têm prejudicado a sociedade: “Não pensaram no sistema econômico e muito menos nos milhões de brasileiros que perderam o emprego e nas empresas que forçadamente fecharam as portas”, argumentou.

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“Mas há de se considerar que, depois de mais de um ano, estamos mais uma vez com leitos de hospitais lotados e vivendo um colapso no sistema de saúde”, ponderou. “A impressão que dá é que o tempo passou e a gente não aprendeu nada. E de quem é a culpa?”, indagou. “A culpa é de todos nós, da sociedade desorganizada e individualista, do cidadão irresponsável que não respeita o próximo, de governos ineficientes, corruptos e sem escrúpulos, que colocaram em xeque mate a vida e as necessidades do cidadão para derrotar opositores e garantir interesses”, respondeu adiante.
Por fim, Zanata apelou aos gestores públicos que prezem pela saúde pública e emendou: “Por favor, deixem o povo trabalhar, não permitam que a indústria e o comércio fiquem novamente à deriva”. Para a população, pediu: “Façam valer a sua cidadania para que possamos provar que somos uma sociedade organizada e que preza pelo bem comum”.

André Vechi também se posicionou contra a recomendações de lockdown em Santa Catarina

Vereador André Vechi, em pronunciamento na tribuna da Câmara. Foto: Talita Garcia/Imprensa Câmara Brusque.

“É um desafio muito grande esse equilíbrio entre economia e pandemia, como se a gente tivesse que escolher exclusivamente um destes caminhos”, ponderou, ao questionar a eficácia do fechamento total.
Vechi fez críticas a respeito de cobranças de instituições como o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) e Defensoria Pública Estadual (DPE-SC) aos prefeitos, sob o risco de processos de improbidade administrativa e ações civis públicas. “É muito cômodo fazer isso quando se está no seu gabinete, com salário garantido de R$ 30 mil todos os meses”, manifestou. “É muito fácil dizer o que o outro tem que fazer, sem muitas vezes rever os seus próprios privilégios”, acrescentou.


O parlamentar relembrou o primeiro lockdown decretado como medida de enfrentamento ao novo coronavírus, em março do ano passado: “Naquele momento ele foi acertado e tinha uma justificativa muito clara, que era estruturar o sistema de saúde”, afirmou.


“Vejam os prejuízos que a gente tem na economia, com inúmeros setores fechados durante os finais de semana, seis mil fiscalizações e vinte e sete locais interditados. Quantas pessoas que poderiam estar trabalhando, cumprindo as regras e fazendo a sua parte tiveram que fechar as portas?”, contrapôs.


Entre benefícios e prejuízos, o orador apresentou um comparativo entre priorização da saúde ou da economia, com base dados sobre as contas públicas. Ele chamou a atenção para a compra superfaturada do governo do estado em 2020, de duzentos respiradores pelo valor de R$ 33 milhões. “Tem também o problema de incompetência na gestão. Como a gente não conseguiu se estruturar e o dinheiro foi desviado, a gente tem que apelar para outro estado”,


“A gente não pode botar mais esse custo da incompetência dos gestores, da corrupção e da falta de gestão na iniciativa privada, a qual já pagou e continua pagando um preço muito caro nesta pandemia”, finalizou o vereador.

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