Simas critica AGIR e quer saber aonde o Samae investiu


 

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O reajuste de 10% na tarifa de água foi tema do pronunciamento de Alessandro Simas, na noite de terça-feira, 8 de abril. O vereador falou do histórico da Agência Intermunicipal de Regulação e observou que agora se confirmam as justificativas contra o projeto de adesão a AGIR, apreciado em 2012. “Não vou dizer que o aumento não seja justificável, mas precisamos saber em que vai ser investido o dinheiro. Agora a Agência autoriza e somos os últimos a saber. Quem decide o aumento, não só da água, mas do lixo e do futuro esgoto, são seis pessoas indicadas pela AGIR, seis pessoas indicadas pelos usuários e seis pessoas pelos prestadores, sendo que não tem um brusquense entre eles. E qual a responsabilidade que essas pessoas têm com a cidade e a sociedade de Brusque? A Agência pode ser necessária porque a lei determina, mas que seja criada uma agência aqui”, ponderou.

Simas cobrou a divulgação dos investimentos do Samae. “Onde está a planilha de investimentos? Precisamos saber o que vai ser feito durante o ano para que possamos cobrar e acompanhar. Esse aumento de 4,44% além da inflação, vai gerar muito dinheiro e se há necessidade de reajuste, que fique claro para a população o porquê. Acho que a responsabilidade quanto ao aumento de tarifas tem que continuar sendo do prefeito, do presidente da autarquia e passar pelo Legislativo. Não precisamos de agência para enganar o povo. Quem precisa saber sobre os investimentos de água é a população de Brusque, é quem vive aqui, e não a AGIR. Por isso, entendo que a AGIR não é benéfica para a cidade”, insistiu o parlamentar, apresentando ainda, Pedido de Informação ao Samae e a Agir, solicitando o plano de investimentos para 2014, bem como suas justificativas para que comprove a diferença de 4,44% acrescentado sobre o índice de aumento na fatura de água dos consumidores brusquenses.

Em aparte, Roberto Prudêncio observou que a questão da AGIR foi amplamente debatida na legislatura passada. “Sabíamos que seria prejudicial para a cidade, pois 10% vai doer no bolso da população. A Câmara perdeu a autonomia e fica difícil fiscalizar o trabalho de uma Agência Reguladora que não é de Brusque”.

Ivan Martins disse que nada justifica o aumento de 10% na tarifa. “A Câmara é que deveria discutir o aumento, mas perdeu sua identidade. Esse direito foi passado à Agência Reguladora”.

Celso da Silva falou que aconteceu o que previa. “Perdemos completamente a gestão para essa Agência que aos poucos vai impondo as regras aqui dentro, ceifando a Câmara das suas obrigações”.

Moacir Giraldi alegou que não querem que o Poder Legislativo fiscalize os serviços relacionados à água. “Ficamos sabendo do reajuste pelo jornal e daqui pra frente tudo que diz respeito a saneamento básico será assim. Estamos reféns da Agência e vamos ficar de braços atados a cada reajuste”.

Marli Leandro ressaltou estar havendo uma distorção do assunto. “Não recordo de ter acompanhado na história da Câmara, alguma discussão sobre o aumento na tarifa da água. Aliás, em outras épocas, tivemos reajuste em torno de 30% num ano. E quero lembrar que quem define o percentual é a autarquia. Cabe à AGIR analisar os números e definir se pode ser dado determinado percentual de aumento ou não, conforme investimentos previstos”.

 

 

Com informações da Asscom da Câmara

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