Segundo protesto contra o governo é marcado por pouca adesão


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Foto: Wilson Schmidt Junior –

Brusque – Se no último dia 15 de março eram cerca de cinco mil os cidadãos que manifestavam-se contra o governo federal, dirigido atualmente pelo Partido dos Trabalhadores (PT), neste domingo (12) o número não passou de 500. O que deixou frustrado os organizadores do ato. Apesar disso, segundo eles, o movimento intitulado de “Vem pra Rua – Brusque/SC”, conseguiu atingir a sua meta.

Os manifestantes começaram a sua caminhada por volta de 16h40min, na Avenida Lauro Muller, próximo da agência bancária HSBC. Após ouvir o Hino Nacional, eles marcharam pela região central do município, até chegar na Praça Sesquicentenário. Lá, o microfone foi disponibilizado democraticamente para quem quisesse expressar o seu descontentamento, não só com a presidente da república Dilma Rousseff (PT), mas com toda a corrupção nas esferas do Executivo, Legislativo e Judiciário.

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Foto: Wilson Schmidt Junior

De acordo com Ronald Ivar Kamp, manifestante que atuou na organização do ato, menos de 10% dos que vieram em 15 de março compareceram na tarde deste domingo. O número, porém, para ele e os demais mentores do protesto, já era esperado. O momento político atual de Brusque, com a cassação de Paulo Eccel (PT) e Farinha (PP), para ele, ajudou a mudar o foco do levante popular. “Para muitos a saída deles já foi suficiente. Estão felizes. Porém, isso era basicamente a última coisa da nossa pauta de revindicações e expectativas. O nosso problema vem desde Brasília (…) eu acho que muitas pessoas esqueceram dos escândalos do Petrolão, do BNDES, e de toda a crise econômica. Nós precisamos dia após dia, mês após mês, reclamar e revindicar”, afirma.

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Kamp ainda falou para a reportagem de Olhar do Vale (ODV) que a juventude brasileira está apática e alheia com o que ocorre no país. Citou a época do Impeachment de Collor, no início da década de 90, dizendo que os mesmo jovens que protestavam àquela época, são os que, vinte anos depois, pedem a saída de Dilma. “Aonde está a juventude? Estão felizes e satisfeitos? Eu acho que na verdade estão perdidos”.

Manifesto apartidário?

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Foto: Wilson Schmidt Junior

ODV perguntou à Kamp se o fato de um dos principais alvos da manifestação ser o Partido dos Trabalhadores (PT) não serviria para derrubar a tese de que o ato é apartidário. Para o manifestante, porém, o PT atual não é mais um partido e, sim, algo que precisa ser combatido. “O PT se desvirtuou totalmente. Esse modelo de partido eu sinto vergonha de ter, um dia, votado. Foi dado a chance, mas eles perderam a chance”, acrescentou.

Na maior parte das cidades que sediaram protestos contra o governo também houve queda no número de participantes. Porém, em grandes pólos e nas capitais, o número, apesar de menor, não deixou de ser expressivo.

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Foto: Wilson Schmidt Junior
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Foto: Wilson Schmidt Junior
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Foto: Wilson Schmidt Junior

por Wilson Schmidt Junior

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