Região tem 18% dos leitos UTI ocupados por pacientes com Covid-19

Multas podem chegar a R$ 20 mil em caso de aglomeração

A Prefeitura de Brusque, por meio da Secretaria de Saúde, realizou na tarde de terça-feira (12), no auditório do Centro de Serviços em Saúde (Policlínica) uma coletiva de imprensa com o secretário da pasta, Humberto Fornari. Objetivo é explicar para a população brusquense sobre a disponibilidade e a central de regulação dos leitos das Unidades de Terapia Intensiva (UTI) na região.

De acordo com o secretário, o Governo do Estado montou um plano de contingência para contenção do Coronavírus. Uma das estratégias refere-se a questão da transferência dos pacientes que apresentam Covid-19 e necessitam de internação em UTI. O Hospital OASE, em Timbó (SC) foi referenciado como unidade de saúde exclusivamente para pacientes com a doença.

“Quando um paciente apresentar Covid-19 e precisar de UTI aqui na nossa cidade e o leitos estiverem todos preenchidos por outras doenças, esses pacientes vão, obrigatoriamente, ser transferidos para o hospital OASE, que é o nosso hospital referência para Covid-19. É importante que a população entenda, porque até o presente momento os leitos de UTI, que estão abertos exclusivamente para atender a doença não passam de 18% de ocupação na nossa macrorregião”, explica.

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Para Fornari a taxa de ocupação, neste momento, é considerada baixa. “Tomara que a gente continue assim com esse número pequeno de pacientes precisando de leito de UTI e que os nossos leitos de UTI do Hospital Azambuja, quando algum paciente precisar, estejam desocupados. Assim, esse paciente não precisa necessariamente ser transferido para Timbó. Torcemos também para que o Azambuja consiga trazer respiradores para montar leitos de UTI, para que sejam credenciados exclusivamente leitos Covid-19. Mas até o momento o que a gente tem é isso. E não temos nenhuma expectativa que o Governo do Estado vai nos trazer leitos”, ressalta.

O secretário explica que faltam leitos de UTI no mercado. O que existe são leitos para serem alugados. “Talvez essa seja a nossa grande esperança: sensibilizar o Hospital Azambuja para que faça esse aluguel e monte leitos de UTI. Aí do ponto de vista técnico e político, a gente vai poder realmente chegar na Secretaria de Saúde do Estado e pedir o credenciamento.”, destaca.

“A população pode ficar bastante tranquila, pois nesse momento ninguém vai morrer por falta de leitos de UTI para Covid-19. Existe uma preocupação muito maior de falta de leitos para outras doenças. Temos 68 leitos na nossa macrorregião, que contempla Blumenau, Brusque, Guabiruba, Botuverá, Gaspar, Timbó, Indaial, enfim, os 14 municípios. Desses 68 nós temos 10 leitos ocupados. Ou seja, é muito pouco para a gente pensar em desespero, para a gente pensar em uma atuação diferenciada. A nossa grande briga vai ser depois da pandemia, para que esses leitos permaneçam ativos, não mais para Covid-19, mas sim, como leitos de UTI geral”, acrescenta.

Durante a coletiva, o secretário também comentou sobre a importância o uso de máscara e mencionou o bairro Santa Terezinha como uma das localidades com maior resistência no cumprimento da determinação. Bem como, é nesta região que se encontra a maior parte dos pacientes com sintomas respiratórios.

Também mencionou a chegada do frio e a necessidade de manter as medidas de segurança, como o distanciamento social.

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