“Paixão e Morte de um Homem Livre” finaliza gravação em estúdio


Chegou ao fim a fase inicial do espetáculo “Paixão e Morte de Um Homem Livre”, realizado pela Associação Artística Cultural São Pedro, de Guabiruba. Mais de 60 pessoas participaram da gravação em estúdio durante os últimos três meses, antecedida pela preparação corporal através do teatro e estudo do texto.

“Foi muito gratificante acompanhar este processo que deu certo. A primeira experiência foi de autoconhecimento, através do teatro. Depois, veio o conhecimento do personagem, durante o estudo de texto. E na gravação ficou mais evidente este crescimento. Na frente do microfone, nossos atores não apenas conseguiram falar com segurança, como também demonstraram energia e emoção necessária para transmitir a mensagem com perfeição”, conta a diretora do espetáculo “Paixão e Morte de um Homem Livre”, Rejane Habitzreuter Schlindwein.

Segundo ela, o resultado superou as expectativas. “Vale destacar que somos todos amadores, mas produzimos o espetáculo com muita paixão. Aqui em estúdio vi sofrimento, choro, raiva, todo o tipo de emoção. Com certeza já não era mais a pessoa, e sim o personagem quem estava ali”, observa Rejane.

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Entre os momentos mais marcantes destes últimos três meses de gravações, ela destaca a cena de Maria Madalena ao se encontrar com Cristo ressuscitado e toda a doçura das crianças durante o encontro com Jesus. Para finalizar, a última gravação agendada era com Joice Teresinha Alves Lana, que interpretará Maria, mãe do Salvador. “O momento em que Maria pega o seu filho no colo é cheio de emoção. Terminamos esta fase em lágrimas. Espero que os expectadores possam sentir um pouco do que passa pelo nosso coração neste momento”, enfatiza a diretora.

Rejane destaca que a proposta de finalizar as gravações até o mês de agosto foi ousada. O cronograma, no entanto, foi sendo cumprido conforme o planejado e esta primeira fase terminou bem antes do que era registrado em edições anteriores. “Isso gera tranquilidade, estamos com o planejamento em dia”, ressalta.

Gravações

Na sala de espera do estúdio da empresa K16, que presta este serviço para a Associação Artística Cultural São Pedro, em Guabiruba, o clima era de tranquilidade. Nem parecia que nos minutos seguintes, os atores voluntários estariam na frente de um microfone, dando som ao espetáculo que será prestigiado por cerca de oito mil pessoas.

Leila Dirschnabel, 29 anos, era uma das pessoas que aguardava o momento da gravação. Integrada ao projeto desde menina, ela já interpretou diversos papéis. “Faço sempre o que for necessário. Não me importo nem de ser uma pedra, desde que esteja envolvida”, brinca.

Há quase 10 anos, quando recebeu o seu primeiro personagem com fala, ela começou o namoro com Vagner Luiz Paza e o integrou ao projeto. “Na época ele nem sabia do que se tratava. Mas aceitou o convite e gostou do teatro. No ano seguinte já estava ansioso para participar novamente. O curioso foi que na sua segunda participação ele já ganhou fala. Eu esperei uma vida inteira por um papel”, se queixa Leila, aos risos.

O menino Alois Baumgartner Kohler, de sete anos, também fez a sua gravação naquela noite. Em 2019, ele será um dos intérpretes de Jesus. “Faz tempo que participo do teatro. Nem me lembro ao certo, mas acho que na primeira vez estava na barriga da minha mãe”, descreve Alois.

Na edição do próximo ano, o menino é responsável por uma cena cheia de ternura, na qual pede para sua mãe, Maria, contar sobre a história de seu nascimento. Agora, que já participou da aula de teatro e fez a gravação em estúdio, Alois está ansioso para o início do ensaio. “Penso nisso todos os dias”, confessa.

Joice Terezinha Alves Lana, que interpretará Maria, mãe de Jesus, foi a última a passar pelo estúdio, finalizando mais esta etapa do projeto. Ela, que participa do “Paixão e Morte de Um Homem Livre” desde 2008, estava na equipe de direção do projeto em 2017 e agora se prepara para voltar aos palcos.

“O convite para assumir este papel foi uma surpresa muito boa. Maria é uma mulher doce, que carregou um sofrimento muito grande devido à trajetória do seu filho. É uma mulher de fé e de força infinita. Rezo para passar ao público um pouco desta firmeza tão doce de Maria”, revela Joice.

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