Tenho certeza que a maior preocupação de pais conscientes, nos tempos atuais, deve ser em como auxiliar seus filhos a fazer seu planejamento de vida. Perguntas, que podem parecer assustadoras, necessariamente, devem ser feitas. Qual direcionamento tomar? Que curso fazer? Qual profissão exercer? Onde o futuro pode se desenhar com maior probabilidade de dar certo? Trabalhar na iniciativa privada ou em empresas estatais? Empreender ou ser empregado?
Perguntas pertinentes. Respostas incertas! O futuro que está se desenhando não nos mostra caminhos que conduzam a certezas. Nenhuma profissão tem garantia de perenidade; nenhum cargo está imune a mudanças que o conduzam à extinção.
Lembro que na virada do século XX a humanidade passou por um período de mudanças radicais. A invenção do automóvel, a criação da linha de montagem, a descoberta da energia elétrica foram criações que tiraram a humanidade da zona de conforto e a conduziu até os dias atuais.
Temer a mudança? Resistir a ela? Perda de tempo, pois a mudança não pede licença para entrar. Ela, simplesmente, acontece!
Então o que fazer com os jovens que se preparam para viver no século XXI? Como auxiliá-los em seu processo decisório?
Acredito que é papel dos pais, professores, amigos e, todos que tenham interesse em um mundo melhor participar, ativamente, do processo de orientação das novas gerações. Como fazer para que isto aconteça?
Conversar e mostrar, analisar tendências, desenhar cenários. Este é nosso papel. Um exemplo prático e que já está acontecendo. O papel eletrônico está substituindo o papel físico; não onera a natureza com o corte de árvores, não deixa resíduo, não produz lixo. As indústrias que exploram a produção de celulose já estão estudando a produção de etanol a partir da matéria prima que ficará disponível. Substituição de finalidade, que modificará também o perfil profissional das pessoas que trabalham na área. Assim acontecerá em várias áreas. Portanto, mais do que nunca, acredito que o papel fundamental da escola, em todos seus níveis, é ensinar as pessoas a pensar. Quem sabe pensar sairá de situações complicadas, não ficará engessado e, buscará alternativas de solução sempre que se fizer necessário.
Ensinar as pessoas a pensar significa estimulá-las a ser ousadas, a correr riscos, a viajar, a vivenciar situações diferentes, a fazer trabalhos voluntários, a sair da caixinha e descobrir que todos têm asas e que podem voar. Construir um mundo melhor é nossa obrigação e podemos começar este trabalho ajudando na formação de jovens para que entendam o que está acontecendo e que facilitem o processo, inexorável, da mudança. Seja bem vindo ao novo mundo em formação!
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