O futuro chegou! E o Brasil não quer ver!


Uma das coisas que mais me incomodam é a pouca visão das pessoas para, pelo menos, tentarem ter noção do que o futuro nos reserva. Quando olhamos à frente, considerando as mudanças que já se fazem presentes, podemos intuir o que estará e está sendo construído e como isto afetará as nossas vidas em espaços relativos de tempo.

Uma das consequências mais visíveis que poderemos imaginar é a da virtualização. O que antes custava milhares de dólares para ser produzido, hoje custa centavos de dólares. Estou falando dos “chips”. A revista Exame desta quinzena nos traz uma reportagem que, seguramente, deveria ser lida por todos nós, principalmente os empresários e políticos. Não canso de afirmar que um novo mundo está sendo construído a passos largos e que tem alguns vilões extremamente ativos. A robotização e a virtualização à frente. E o que fazemos no Brasil?  Nada ou quase nada!

Ignorar a revolução tecnológica que ocorre na tentativa vã de preservar empregos é condenarmos o Brasil a ser um país, eternamente, periférico. Hoje pela manhã, ao sair para o trabalho, deparei-me com uma cena comum; o apartamento ao lado do meu está em obras. Para não danificar o piso do corredor o operário estendeu ao longo do mesmo, extensas tiras de papel especial para este tipo de trabalho. Perfeito estaria se o tivesse feito corretamente. Mas, estava escrito em letras garrafais que o papel deveria ter sido posicionado ao avesso. Este lado para baixo!

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Se o problema começa pela alfabetização e pela lógica como nos transformaremos em um país que crie e garanta empregos de qualidade? Não adianta falar em “apagão de mão de obra”, quando a expressão é absolutamente anacrônica. Mão de obra era a forma de trabalho de um tempo que se foi (século XX); o termo hoje é pejorativo. O que precisamos são de cabeças pensantes (desculpem a redundância), pessoas que façam a diferença. Na mesma reportagem da revista acima citada mostra-nos a fábrica da BMW e seu processo de produção quase que totalmente robotizado e virtualizado. A indústria automobilística é a que está desenvolvendo as mais modernas técnicas em processos de trabalho. Vamos atrasar este desenvolvimento em nosso país como uma forma de proteger empregos? Por que isto irá acontecer? A ideia é voltar a produzir “carroças”? Garantir a base política do governo junto aos sindicatos? Bom pensar sobre o assunto, pois todos, sem exceção, seremos atingidos. E, não vai demorar!

 

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