Moção destinada à vice-governador baiano gera polêmica na Câmara

Foto: Anderson Vieira -

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Brusque – A visita do vice-governador da Bahia, João Leão (PP), em Brusque, repercutiu bastante na sessão da Câmara de Vereadores realizada nesta terça-feira (15). Isto, pois causou discussão um projeto de moção protocolado pelo intermediador do encontro e presidente do legislativo, Jean Pirola (PP). Na minuta da homenagem destinada ao seu colega baiano de partido, constava menção de congratulações pelo governo daquele estado oferecer incentivos fiscais para empresas brusquenses instalarem filiais na Bahia, diminuindo a migração daquela unidade da federação para Santa Catarina.

O que parecia se encaminhar para uma votação unânime e tranquila, se mostrou diferente quando o petista José Isaias Vechi subiu a Tribuna para discutir o projeto de moção. Ele repudiou a matéria. Sindicalista que é, citou que a abertura de filiais na Bahia traria desemprego para Brusque, já que empresas brusquenses seriam atraídas para se mudarem para o estado. “Eu sou totalmente contra. Desde a hora em que transferimos outra empresa para outro estado, vai gerar desemprego. Eu, como representante da classe trabalhadora, não poderia deixar de dar meu repúdio e ser contra isso, porque se eu não defender minha categoria, quem defende?”, afirmou ele, relatando que existem outras formas de se tratar o assunto.

Pirola, por sua vez, classificou como infeliz a colocação de Vechi, declarando que se o mesmo tivesse participado da reunião, saberia, de fato, das beneficies que podem acarretar os incentivos fiscais oferecidos pelo governo baiano. “Quem verificou a palestra do vice-governador notou que ele realmente abriu as portas do estado para quem quisesse ir. Em que sentido: incentivos. Coisa que Santa Catarina não faz. Já há uma diferença absurda na energia elétrica. O aumento aqui foi de 70% e lá na Bahia de 17%. Então veja que só ali tem um desconto grande. A ideia do vice-governador foi vir buscar a tecnologia do nosso setor têxtil, porque ele tem a matéria prima, o algodão. Ele quer parceiros. Empresas que aqui se consolidaram e que tem a tecnologia para que elas abram uma filial no local porque eles não tem uma fiação, tecelagem por lá. As empresas que assim quiserem podem ir buscar. E ela vai mas não vai fechar aqui em Brusque. Ela vai continuar. Ela vai ter um aporte extra para investir na sua matriz”, finalizou.

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Ao final, a moção foi aprovada pela maioria absoluta dos vereadores.

por Wilson Schmidt Junior

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