Metalúrgicos de Brusque terão reajuste salarial

Worker cutting metal with plasma equipment on plant.

Os trabalhadores metalúrgicos de Brusque e região terão, a partir do pagamento referente a janeiro, aplicado o reajuste salarial de 3%. O percentual cumpre acordo assinado no mês de maio do ano passado na Convenção Coletiva de Trabalho 2020/2021, cuja aplicação se efetivaria com o fim da vigência do Estado de Calamidade Pública em nível federal.

O Sindicato iniciou negociação com o sindicato patronal em outubro de 2020 na tentativa de antecipar o reajuste aos trabalhadores, visto que os números de geração de empregos e da Indústria na região de Brusque registravam números crescentes e positivos em uma retomada econômica, apesar pandemia de Covid-19.

“Infelizmente, tivemos que rebater algumas inverdades e combater desinformações repassadas aos trabalhadores, principalmente de que o decreto tinha sido prorrogado e que o reajuste não ocorreria. Mas isso não é verdade! O fato é que o Decreto de Calamidade Pública, em âmbito nacional, encerrou no dia 31 de dezembro de 2020. Assim, o patronal deverá cumprir o que foi assinado e acordado: aplicar o reajuste referente ao mês de janeiro”, explicou o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos de Brusque, Eduardo de Souza. 

Assistências garantidas

Diante da pandemia da Covid-19 e das incertezas que se viviam no início da pandemia e negociações da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) dos metalúrgicos, o sindicato conseguiu mediar a redução de jornada e salários, suspensão temporária de contratos de trabalho e período de estabilidade para os trabalhadores, conforme o Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e Renda.

Em especial, através da CCT, os trabalhadores têm garantidos os benefícios sociais como plano de saúde, reembolso de medicamentos com receita médica, assistência odontológica gratuita, entre outras importantes garantias previstas no documento.

Eduardo de Souza ressaltou que as circunstâncias indicavam um cenário ainda pior e as negociações buscavam proteger o emprego e, principalmente, a saúde dos trabalhadores: “Diante do que enfrentávamos à época, onde a principal proposta era 0%, num cenário quase apocalíptico, entendemos que esse percentual devolve um pouco da perda inflacionária que todos nós tivemos nesse período. Mas, principalmente, de garantir que quando os trabalhadores necessitassem de assistência médica de qualidade, nosso plano de saúde seria, foi e é essencial, ainda mais em um cenário de emergência sanitária”, disse.  

A Convenção Coletiva de Trabalho 2020/2021 prevê, ainda, carga horária reduzida de 44 horas semanais para 43,5h, sem redução de salário, prêmio assiduidade semestral de R$285,00, podendo chegar a R$570 no ano e direito às trabalhadoras metalúrgicas gestantes a mais 90 dias de estabilidade no emprego, além dos quatro meses de licença maternidade previstos em lei. “E em 2021 teremos também muito trabalho pela frente, visto que, em breve, iniciaremos a campanha salarial dos metalúrgicos. E contamos com o apoio de todos os trabalhadores e trabalhadoras da categoria”, finalizou Eduardo. 

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