Jovem de 17 anos morre vítima de meningite em Brusque

Secretaria de saúde ressalta que cidade não apresenta nenhum risco de epidemia ou surto da doença


A Secretaria de Saúde de Brusque, por meio do Departamento de Vigilância Epidemiológica, registrou nos últimos dias mais dois casos de meningite bacteriana. Ao todo, quatro casos já foram notificados este ano, número abaixo da média se comparado com 2018, onde a cidade registrou 12 ocorrências da doença.

Vale reforçar que o quadro não apresenta nenhum risco de epidemia ou surto da doença, pois todos os pacientes não possuíam ligações diretas e moravam em bairros distantes.

Um jovem de 17 anos morreu na madrugada de quarta-feira (31), depois de permanecer internado desde o último domingo. A vigilância epidemiológica foi informada do caso na terça-feira (30) pela manhã e, de imediato, iniciou as medidas preventivas, conforme o protocolo do Ministério da Saúde.

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A quimioprofilaxia é uma ação que consiste no uso de antibióticos em pessoas que tiveram contato direto com paciente (como familiares, colegas de trabalho, escola, etc.) visando interromper possíveis correntes de transmissão. O mesmo procedimento foi adotado quando da notificação de outra paciente, esta que segue internada porém sem risco.

Segundo a enfermeira Natália Cabral de Marchi, o inverno é mais propício para o aparecimento da doença, que nesta época do ano tem seu subtipo mais voltado à bacteriana. No verão, é mais comum o aparecimento da meningite viral.

Em ambos os casos, a orientação é procurar atendimento médico, pois os sintomas são muito parecidos com uma gripe. “O que estamos registrando não é surto, nem epidemia, os casos estão dentro de uma estatística e basta analisar os dados do ano passado para entender o ciclo da doença”, completa a enfermeira.

Vacinas

Desde 2010 o Sistema Único de Saúde (SUS) passou a oferecer a vacina Meningococo C, voltada para as crianças, onde são ministradas doses aos três e cinco meses, além de um reforço com um ano de idade. Já em 2017, os adolescentes, entre 11 e 14 anos também passaram a receber a dose.

Já a vacina Pentavalente, que é ministrada com dois, quatro e seis meses, possui em um dos compostos a proteção contra um tipo de meningite. Há ainda a vacina Pneumocócica 10-Valente, onde as crianças recebem doses com dois, quatro e seis meses e, um reforço com um ano de idade.

“O SUS já faz uma oferta de vários tipos de vacinas que protegem contra a meningite. Mas, para tanto, os pais devem procurar uma sala de vacinação e ficar atento ao calendário. Se formos analisar as pessoas que contraíram a doença, podemos perceber que foram aqueles que não estavam contemplados no cronograma da imunização e isso reforça a importância da imunização”, analisa Marchi.

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