A importância de se ter a carteira de trabalho assinada


 

A Carteira de Trabalho hoje é o maior benefício que um pai de família pode ter. No meu entendimento, todo trabalhador que está segurado pelo INSS, ele está segurando sua família também. Por isso, peço a todos os trabalhadores que tenham consciência da importância desse documento assinado. Porque todo pai de família que sai cedo para trabalhar quer voltar para casa. E se porventura isso não acontecer, por causa de um acidente ou qualquer outro fato, ele vai ter seu direito garantido a partir do 15º dia.

 

Publicidade

Faço um apelo a todos os trabalhadores, independente do setor, que não deixem de assinar a carteira, não trabalhem na informalidade. Porque no momento que você está trabalhando sem carteira assinada, só quem está ganhando é seu patrão. Ele está deixando de recolher o Fundo de Garantia (FGTS), está deixando de respeitar o 13º salário, férias, 1/3 de férias e todos que a lei permite e dá direito. Sem contar que no futuro, o trabalhador não vai dispor de aposentadoria, não terá tempo de contribuição para isso. Como dirigente sindical, muito me entristece quando atendo a um trabalhador e constato que ele tem 40 ou 50 anos de idade e três,  ou quatro anos apenas de carteira assinada. Sabemos que esse trabalhador vai ter muita dificuldade na hora de se aposentar.

 

Dados do IBGE de 2012, coletados com a Pesquisa Síntese de Indicadores Sociais, mostravam que o Brasil possui cerca de 43% da mão de obra, ou seja, do total de trabalhadores em atividade o país, atuando sem registro em carteira. Embora aí se insiram desde profissionais que atuam dentro de empresa sou mesmo aqueles que trabalham “por conta própria”, o número é gritante. No entanto, é preciso se reconhecer que houve avanços no sentido do combate à informalidade. De 2002 a 2012, um período de dez anos, o percentual de trabalhadores sem carteira assinada no país passou de 44,6% para 56,6%.

 

Os dados mais recentes mostram essa mudança. De acordo com o mesmo IBGE, através da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD), aumentou de 75,5% para 76,4% na segunda metade de 2013. Da mesma forma, a pesquisa apontou que houve queda no número de trabalhadores sem carteira assinada no mesmo período de 2012: de 24,5% para 23,6% nas empresas privadas.

 

Os números são positivos, mas quem atua e conhece o campo de trabalho bem de perto sabe que ainda há muito o que se fazer e combater. É preciso reiterar, no entanto, que cabe ao próprio trabalhador criar a consciência de que quando opta ou aceita vender sua mão de obra sem registro em carteira, está prejudicando a si mesmo e a seus familiares e dependentes.

Comentários


Os comentários serão analisados pelo editor do site e podem ser excluídos caso contenham conteúdo discriminatório, calunioso ou difamador. O nosso objetivo é promover a discussão de ideias entre os internautas. Esteja ciente que comentando aqui você assume responsabilidade pela sua opinião.