Escultura é alvo de vandalismo


 

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A liberdade de se expressar, de espalhar pelos quatro cantos o seu amor, de falar ao mundo a sua preferência, uma pessoa que tenha coragem de manifestar seus sentimentos e opiniões é admirada, mas não quando isso acontece em uma escultura colocada em uma praça pública.  Um ato de vandalismo.

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A escultura em questão chama-se Gineceu, de autoria do argentino Juan Carlos Segovia, está localizada na Rua Prefeito Germano Schaeffer e foi alvo de vândalos, que a picharam com desenho de coração e folha de  maconha.

 

 

A obra foi construída especialmente para o I Simpósio Internacional de Esculturas do Brasil ocorrido em Brusque no ano de 2001. O valor da peça é inestimável como afirma  o diretor do recém inaugurado Parque das Esculturas Ivon Mello.

 

A obra Gineceu faz parte das 66 esculturas que estão espalhadas pela cidade na chamada Rota 66 com várias esculturas espalhadas pelos bairros de Brusque.

 

Das 106 obras já construídas nos Simpósios de Esculturas que ocorreram em Brusque 40 estão no parque e as demais nas ruas de Brusque ficando a mercê de possíveis pichações e até de quebras como já aconteceu.

 

Para o diretor do Parque das Esculturas Ivon Melo o fato é lamentável e é preciso que a comunidade também ajude a cuidar das esculturas espalhadas por Brusque. “Estas obras têm um valor incalculável e é preciso que os brusquenses ajudem a cuidar deste patrimônio também”,  explica.

 

 

“Hoje Brusque entrou de vez para o mapa do mundo cultural e é necessário que se faça algo para evitar que vândalos realizem esse trabalho, pois existe uma dificuldade muito grande para restaurar o mármore, não é simplesmente jogando água e sim um produto especial para fazer a limpeza”, conta.

 

 

Ivon afirma que será registrado um boletim de ocorrência na Delegacia de Polícia Civil sobre o fato.

 

A distribuição das esculturas nas ruas de Brusque e não em um lugar próprio já gerou muitas discussões e polêmica até na Câmara de Vereadores.

 

Um dos parlamentares que mais se posicionou contrariamente a atitude de ter as esculturas nos bairros foi o vereador Dejair Machado.

 

 

Ele comentou o que aconteceu. ” Acho o maior desastre cultural da nossa história. Desmembraram o conjunto de 106 obras para criar um parque com 40 e distribuindo as outras 66 pelas diversas praças da cidade, sujeitas a serem pichadas ou mesmo danificadas. O absurdo foi tão grande que ainda lavaram com lava jato as obras retirando o maior valor histórico que é a pátina do tempo. .Pessoas sem o mínimo conhecimento de arte acabaram estragando aquilo que seria o maior acervo escultural a céu aberto do mundo. É triste”, diz o vereador.

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