Casos de HIV aumentam em Brusque

Foto: divulgação

Brusque – A maneira mais comum de contrair o vírus HIV, ainda é através da relação sexual desprotegida, apesar das campanhas de prevenção e da distribuição gratuita de preservativos, os diagnósticos só aumentam.

Em Brusque cerca de 500 pessoas com Aids fazem tratamento na rede pública. Segundo dados da Vigilância Epidemiológica, em 2010 foram diagnosticados 50 casos, este ano, até o início do mês de Dezembro, já foram registrados 62 novos casos e 13 pessoas morreram em decorrência da doença.

De acordo com a Secretária de Saúde Ana Baron Ludvig, há uma banalização em relação à doença, muitos acreditam que por causa do tratamento o vírus não mata. “É importante que a população volte a pensar na contaminação como um grande problema”.

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Ana (nome fictício) há sete anos convive com a doença, em 2003 ela veio passar as férias em Santa Catarina, onde conheceu o atual marido. Ele, não sabia que estava contaminado e foi através de uma relação sexual desprotegida que ela contraiu o HIV. “Eu comecei a usar o preservativo, mas quando a gente foi morar junto eu confiei nele. Um tempo depois eu senti uma dor no abdômen e fui à médica, foi quando descobri que estava com a doença”.

foto: divulgação

De acordo com a enfermeira responsável pelo Serviço de Assistência Especializada (SAE), Elaine Weirich, o diagnóstico precoce faz toda a diferença na qualidade de vida do contaminado. “O município já disponibiliza os testes rápidos de HIV, Sífilis, Hepatite A, B e C. Em apenas quinze minutos a pessoa já fica sabendo o resultado. Para fazer o exame são necessárias apenas três gotinhas de sangue”.

O tratamento da AIDS melhorou consideravelmente nas últimas décadas, em 1980 o coquetel era composto por vários comprimidos, hoje, este número é menor. Está para chegar a Brusque um comprimido 3 em 1 que vai reduzir ainda mais a quantidade de pílulas, diz Elaine.

“É possível viver normalmente se a pessoa seguir o tratamento, tomar os remédios, praticar esportes e tiver uma boa  alimentação, enfim, é necessário ter hábitos saudáveis, afirma a enfermeira do SAE, Elaine Weirich.

A prevenção ainda é a principal arma contra o vírus HIV. Usar camisinha, não compartilhar seringas, exigir materiais esterilizados da manicure e nunca deixar de ir ao médico, são apenas alguns cuidados pessoais que ajudam a evitar a doença.

 Serviço

O teste é inteiramente sigiloso e conta com orientações sobre o resultado final do exame. No caso de positivo, todo o acompanhamento e tratamento é feito através do próprio SAE, que oferece  vários outras ações aos usuários, incluindo exames de monitoramento, distribuição de medicamento específicos e grupos de apoio. O SAE funciona na Rua Pastor Sandresckuy, nº50, das 8h às 17h30, fechando para o almoço. O telefone para contato é o 3396-8041 ou 3355-367

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