Carlos Moisés está entre os 20 governadores que assinaram carta em defesa do Congresso


O Governador de Santa Catarina Carlos Moisés (PSL) está entre os 20 governadores que assinaram uma carta divulgada neste domingo (19) em defesa dos presidentes da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre(DEM-AP).

O documento diz que o presidente Jair Bolsonaro afrontou “princípios democráticos que fundamentam nossa nação” por falas contra o parlamento.

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Neste domingo, o presidente participou de uma manifestação em Brasília contra o isolamento social. No protesto, alguns grupos falaram contra o Congresso e o Supremo Tribunal Federal (STF), pediram a intervenção militar e evocaram o AI-5.

Coronavírus

Os governadores elogiaram a postura de Maia e Alcolumbre no combate ao coronavírus e disseram que os Estados estão orientando as ações contra o vírus pela ciência e pela experiência de outros países.

Leia a carta na íntegra:

“O Fórum Nacional de Governadores manifesta apoio ao Presidente do Senado Federal, Davi Alcolumbre, e ao Presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, diante das declarações do Presidente da República, Jair Bolsonaro, sobre a postura dos dois líderes do parlamento brasileiro, afrontando princípios democráticos que fundamentam nossa nação.

Nesse momento em que o mundo vive uma das suas maiores crises, temos testemunhado o empenho com que os presidentes do Senado e da Câmara têm conduzido, dedicando especial atenção às necessidades dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios brasileiros. Ambos demonstram estar cientes de que é nessas instâncias que se dá a mais dura luta contra nosso inimigo comum, o coronavírus, e onde, portanto, precisam ser concentrados os maiories esforços de socorro federativo.

Nossa ação nos Estados, no Distrito Federal e nos Municípios tem sido pautada pelos indicativos da ciência, por orientações de profissionais da saúde e pela experiência de países que já enfrentaram etapas mais duras da pandemia, buscando, neste caso, evitar escolhas malsucedidas e seguir as exitosas.

Não julgamos haver conflitos inconciliáveis entre a salvaguarda da saúde da população e a proteção da economia nacional, ainda que os momentos para agir mais diretamente em defesa de uma e de outra possam ser distintos.

Consideramos fundamental superar nossas eventuais diferenças através do esforço do diálogo democrático e desprovido de vaidades.

A saúde e a vida do povo brasileiro devem estar muito acima de interesses políticos, em especial nesse momento de crise.”

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