Brusque – Uma nova modalidade de golpe por telefone começou a surgir no Brasil. Nesse caso, em especial, os golpistas se aproveitam da fragilidade em que as vítimas geralmente se encontram. A enganação começa quando o telefone fixo de parentes de pessoas internadas em hospitais toca. Do outro lado da linha, uma pessoa se passa por médico e começa a dar falar sobre o estado de saúde do ente querido que está hospitalizado.
O farsante geralmente possui informações privilegiadas como os sintomas da pessoa que está hospitalizada, seu nome entre outros dados. Em certo momento da ligação ele fala da necessidade de intervenções médicas que não são custeadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS), ressaltando que tal procedimento é vital para a melhora da pessoa doente. As vítimas, preocupadas e afetadas emocionalmente, acabam depositando uma quantia em dinheiro na conta que é pedida pelo “médico”, ao telefone. Em muitos dos casos, o paciente está fora de perigo e prestes a ganhar alta. Porém, quando o fato é perceebido, já é tarde.
Tal procedimento enganoso começou a ser praticado em Brusque, mais especificamente no Hospital e Maternidade Dom Joaquim. De acordo com boletim de ocorrência registrado por vítimas ou quase vítimas do golpe e, também, pelo diretor da unidade, José Mauro Junglaus, o homem na ligação se identifica como doutor Eduardo, um cardiologista.
Em Brusque, ele falava para os familiares de pessoas hospitalizadas no Dom Joaquim que elas teriam que ser submetidas a procedimentos cirúrgicos de emergência, pois estavam com hemorragia. O valor pedido gira em torno de R$ 3000 e tinha que se depositado numa conta do banco Bradesco.
Em entrevista para Olhar do Vale (ODV), Junglaus declarou que o caso esta sendo investigado internamente. “Na medida em que descobrirmos coisas novas, vamos tomar as providências (…) o primeiro passo foi registrar boletim de ocorrência na delegacia”, finaliza.
por Wilson Schmidt Junior
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