

Brusque – O Governo Federal anunciou, na última semana, as novas regras do programa Minha Casa Minha Vida, que visa proporcionar mais acesso dos brasileiros ao programa habitacional e reaquecer um dos principais setores da economia (a construção civil), além de gerar mais emprego e renda. A intenção do Governo é construir 610 mil novas unidades este ano.
Segundo o presidente do Sindicato da Indústria da Construção e do Mobiliário de Brusque, Guabiruba, Botuverá e Nova Trento (Sinduscon), Fernando José de oliveira, junto ao fato de haver previsão de crescimento na economia a partir do segundo semestre, as novas regras são outro sinal positivo com expectativa de que as pessoas vão comprar a casa nova, sem medo de assumir um compromisso.
Ele afirma ainda que a medida veio em boa hora e que o mercado imobiliário deve aquecer instantaneamente. “Em 2016 o crédito bancário estava mais restritivo e ninguém compra imóvel à vista. A maioria depende de financiamento e se tem financiamento, tem impacto positivo, já que a construção civil é uma das locomotivas da economia”, diz.
Em 2016 a Caixa liberou R$ 56 milhões de financiamentos, somente em Brusque e outros R$ 7 milhões, em Guabiruba. Segundo o Gerente de Atendimento Pessoa Jurídica da Agência de Brusque, Leonardo Demarchi, “a expectativa da gerência na região é incrementar este valor, levando em conta a melhora no cenário econômico e as novas regras apresentadas pelo Governo Federal”.
Em Brusque, o valor máximo do imóvel para enquadramento no Programa Minha Casa, Minha vida até o ano passado era de R$ 145 mil e, atualmente, é de R$ 160 mil. O trabalhador também pode utilizar o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) para adquirir um imóvel, pois o fundo é o financiador do programa.
Para o coordenador do Núcleo das Construtoras da ACIBR e proprietário da KRCOM empreendimentos, Valter Orlandi, as mudanças vão beneficiar todo o setor da construção civil. “Acredito que liberando as regras para famílias com uma renda maior, ou seja, de R$ 6, 5 mil para R$ 9 mil, um número maior de pessoas será favorecida, sem contar que obras paradas poderão ser reiniciadas”, declarou.
A Moratta é associada ao Sinduscon e atualmente 20% dos imóveis da construtora que estão à venda são financiados pelo Programa. Segundo Maiara Valiati, do departamento comercial, a empresa sentiu uma diminuição na velocidade das vendas dos seus imóveis no ano passado, mas espera que o aumento no valor dos financiamentos do MCMV ajude nas vendas dos empreendimentos em 2017. “A expectativa é a melhor possível, onde esperamos vender todos os imóveis que podem ser financiados pelo Minha Casa Minha Vida, pois essa adequação garantirá qualidade e pagamento facilitado”, declarou Maiara.
Mudanças
As famílias com renda de até R$ 9 mil poderão aderir ao programa Minha Casa, Minha Vida e comprar a casa própria com juros mais baixos que os de mercado. Pelas regras atuais, o limite máximo de renda para participar do programa é de R$ 6,5 mil.
Com condições diferentes e quatro faixas salariais, o programa funciona de acordo com a renda familiar, e oferece subsidio maior e juros menores para a compra da casa própria pelas famílias de renda mais baixa.
Atualmente existem quatro faixas de renda: a faixa 1 é voltada para as famílias mais pobres, com renda bruta mensal de até R$ 1.800,00 – nesse grupo não vai ter alteração. As mudanças vão ocorrer na faixa 1,5 onde a renda hoje é de R$ 2.350 vai subir para R$ 2.600; na faixa 2, o teto vai passar de R$ 3.600 para R$ 4 mil e na maior faixa de renda, que é a 3, passa de no máximo R$ 6.500 para R$ 9 mil. O Governo também vai mexer nos juros, mas ainda assim serão menores do que os de mercado.
“Estamos realmente otimistas, pois as construtoras poderão retomar suas obras e o que é melhor, devem voltar a empregar, garantido esperança para a retomada da economia”, conclui o presidente do Sinduscon, Fernando José de Oliveira.
por Assessoria de Imprensa
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