Jean Pirola enaltece equipe de governo de Bolsonaro e mudanças almejadas pelo presidente eleito

Vereador também falou sobre os radares móveis na Antônio Heil: “Grande indústria da multa”


Em pronunciamento durante a sessão ordinária desta terça-feira, 6, o vereador Jean Pirola (PP) deu prosseguimento à reflexão levantada na tribuna pelo vereador Ivan Martins (PSD), a respeito das consequências – sejam positivas ou negativas – que os governantes herdam de seus antecessores. “Realmente, temos várias heranças malditas, mas tenho fé que o governo que vai iniciar em 1º de janeiro possa modificar um pouco essa situação”, disse o parlamentar, referindo-se ao mandato do presidente eleito, Jair Messias Bolsonaro (PSL).

“Muitos temiam que seria um governo autoritário, mas ele está demonstrando o que a população sempre pediu, fazendo um grupo ministerial forte, com pessoas gabaritadas e de pleno conhecimento. Esperamos que o juiz Sérgio Moro [anunciado ministro da Justiça de Bolsonaro] faça o trabalho que todos aguardamos”, prosseguiu. A respeito da diminuição da maioridade penal, destacou: “Tenho o mesmo pensamento dele [Moro]. Hoje, um adolescente de 16 ou 17 anos tem discernimento concreto do que é um crime, sabe o que está fazendo. Não é igual há 80 anos, quando o Código Penal foi feito”.
Pirola defendeu, também, a “diminuição da dependência do Estado”, situação que, para ele, tomou grandes proporções nos últimos anos: “Acho que as pessoas têm que ser autodependentes e não depender exclusivamente do Estado, como aconteceu nos governos que até agora passaram”, frisou.

Indústria da multa
Num segundo momento, o vereador comentou sobre uma viagem que fez de carro desde Brasília, no Distrito Federal, até Luiz Eduardo Magalhães, na Bahia. O percurso, contou, é de 600 quilômetros, “com estradas de alta qualidade e sem buracos”. “De Brasília até Formosa, em Goiás, vimos uma rodovia federal duplicada, com um radar fixo a cada cinco quilômetros, devidamente identificado, em pontos estratégicos nos quais sempre ocorreram acidentes”, observou.

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“Brasília está entre as capitais que mais têm radares fixos do Brasil e uma das que mais diminuiu o número de acidentes. Da mesma forma, o número de multas também caiu, porque os motoristas sabem que nos locais específicos, onde mais aconteciam acidentes, tem um radar, que vai multar quem estiver em excesso de velocidade”, afirmou. “É por isso que falamos muito a respeito disso em nossa Câmara. Na rodovia Antônio Heil, em seis meses, foram emitidas dez mil multas por excesso de velocidade, aplicadas com radar móvel. E as pessoas nos cobram o porquê de ter um radar móvel no meio de uma reta de praticamente quatro quilômetros, em locais onde não há risco de acidentes, em vez de usá-los em pontos estratégicos”, questionou. “A forma como os radares estão sendo utilizados pela Polícia Rodoviária na Antônio Heil está, sim, criando uma grande indústria da multa. Só queria trazer essas estatísticas para provar que, onde há radares fixos, diminui o número de acidentes, onde eles são móveis, aumenta a indústria da multa”.

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